quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Quem somos?



PROJETO BRASILIDADE – QUEM SOMOS?
Fonte: Revista Melhor Gestão de Pessoas, setembro 2010.


Este é o primeiro de uma série intitulada Estudos da República, baseado na pesquisa sobre a autopercepção do brasileiro, investigando o impacto de duas décadas de democracia e de estabilidade econômica na identidade e na autoestima nacional.
Partindo de análises clássicas de historiadores consagrados, como Roberto DaMatta, República reuniu antropólogos, psicólogos, cientistas políticos e sociólogos para descobrir o que significa ser brasileiro no século 21 e qual o impacto desse período recente sobre a identidade nacional e a autoestima. Concluído em 2010, o estudo baseou-se em perguntas do tipo: Como o brasileiro vê o país e o seu futuro dentro dele? Como reage diante dos estímulos da comunicação? E O que é a brasilidade, esse amálgama que leva pessoas toa diversas a identificar-se como uma só nação?

Os três perfis

APRIMORAMENTO
Com a maior concentração nas classes A e B- sendo 56% de mulheres, maior presença entre a faixa etária de 18 a 30 anos e maiores de 50 anos – os brasileiros na situação aprimoramento valorizam primordialmente os aspectos relacionados ao lazer, à espiritualidade, ao cuidado com relacionamentos pessoais e à qualidade de vida. O grupo se mostrou heterogêneo e reúne a elite econômica e cultural do país, acolhendo a maior parcela dos movimentos emergentes na cultura, na ética e consciência cidadã. Porém, por se encontrar em posição privilegiada em relação aos demais brasileiros, mostra um lado preconceituoso e soberbo, julgando-se melhor que os demais. Na percepção dos integrantes desse grupo, o brasileiro é um povo acomodado, flexível, corajoso, patriota, consumista e que sempre dá um jeitinho.

ESTABILIDADE
Há certa distribuição desse perfil entre as classes, embora haja maior concentração entre as pessoas das classes A,B e C; e mais homens (58%). Esses são os brasileiros que se preocupam com a valorização profissional, moradia, educação e trabalho. A maior concentração está na faixa etária entre 25 e 50 anos, pessoas que têm por hábito acompanhar o noticiário econômico. Esse grupo é representado por profissionais em cargos de responsabilidade; pessoas focadas em objetivos profissionais que abarcam melhoria de performance e empregabilidade. Por cuidar da família – pais, sogros, irmãos desempregados e amigos que perderam a posição devido a fusões – esse indivíduo reclama das mazelas do país e espera que alguém dê conta de resolvê-las, pois ele não tem tempo. Os integrantes desse grupo associam o brasileiro a características como: competitivo, estressado, inteligente, batalhador e prestativo.

SOBREVIVÊNCIA
Com maior concentração nas classes C,D e E, os brasileiros desse grupo são 82%, sendo 56% mulheres e maior presença entre os com mais de 40 anos. Esse perfil valoriza a situação política, religiosidade, saúde e moradia; é o público-alvo dos programas sociais. Os que lutam pela sobrevivência se dizem felizes, otimistas, patriotas, pois a vida tem melhorado. Há mais conforto e a percepção dessa nova situação; o poder de compra é mais importante do que ser bem atendido. Além disso, entendem a mobilidade social e carregam a enorme vontade de ir além dessa melhora. Esse grupo associa o brasileiro a alegre/feliz, nada sensual, criativo, justo e batalhador.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por compartilhar conosco sua opinião!