domingo, 31 de janeiro de 2010

O Poder de um Paradigma


(Este é um belíssimo e reflexivo texto de "Os 7 Hábitos das Pessoas Muito Eficazes",do Stephen Covey, da Primeira Parte)

..."Precisamos entender nossos "paradigmas", e aprender a fazer uma "mudança paradigmática".
... A palavra paradigma vem do grego. Na origem, era um termo científico, mas hoje é usada comumente para definir um modelo, teoria, percepções, pressupostos ou modelos de referência. Em um sentido mais geral, é a maneira como "vemos" o mundo - não no sentido visual, mas sim em termos de percepção, compreensão e interpretação.
Dentro de nossos objetivos, um modo simples de entender paradigma é vê-los como um mapa. Todos sabem que "um mapa não é um território". Um mapa é simplesmente a explicação de certos aspectos do território. Um paradigma é exatamente isso. Uma teoria, uma explicação, um modelo de alguma outra coisa.
Suponha que você queira ir até uma local específico, no centro de Chicago. Uma planta com as ruas da cidade seria de grande ajuda para se chegar ao destino. Mas suponha que você tenha o mapa errado.(...) e onde deveria estar escrito "Chicago" fosse na verdade um mapa de Detroit. Você pode imaginar a frustração e a ineficiência na tentativa de atingir o objetivo desejado?
Uma pessoa pode modificar seu comportamento.
Tentar com mais empenho, ser mais diligente, aumentar o ritmo. Tais esforços, entretanto, só serviriam para levá-la mais depressa ao lugar errado.
Uma pessoa pode modificar sua atitude, pensando de forma mais positiva. Mesmo assim não chegará ao lugar certo, o que pode não fazer diferença. Se a atitude for mesmo otimista, a pessoa será mais feliz onde estiver.
De qualquer modo, ainda estará perdida. O problema fundamental não tem nada a ver com o comportamento ou com a atitude. Ele se resume em utilizar o mapa errado.
Se a pessoa tem o mapa certo para Chicago, aí a diligência torna-se valiosa, e, quando surgem os obstáculos frustrantes, ao longo do caminho, então a atitude faz realmente diferença. Contudo, a exigência primordial e mais importante é a exatidão do mapa.
Cada um de nós, tem, dentro da cabeça, muitos e muitos mapas, que podem ser divididos em duas categorias principais: mapas do modo como as coisas são, ou da realidade, e mapas do modo como as coisas deveriam ser, ou dos valores. Interpretamos todas as nossas experiências a partir destes mapas mentais. Raramente questionamos sua exatidão, com frequencia nem percebemos que os utilizamos. Apenas assumimos que a maneira como vemos as coisas equivale ao modo como elas realmente são ou deveriam ser.
Assim, nossas atitudes e comportamentos derivam destes pressupostos. A maneira como vemos o mundo é a fonte de nossas forma de pensar e agir."

Nesta parte Covey nos convida a uma experiência sensorial com uma figura ambígua, ou seja, uma figura em que você pode ver uma imagem ou outra, dependendo de seus paradigmas ou de seus condicionamentos. No caso, ele usa a figura da velha/moça.
Ele narra uma experiência na faculdade onde uma parte dos alunos foi "induzida" a ver uma face da figura e outra, a outra. E que no começo um não aceitava o ponto de vista do outro de forma alguma. Mas, a partir do momento que começaram um diálogo calmo, respeitoso e objetivo, cada um conseguiu mostrar ao outro seu ponto de vista e, consequentemente, ver também o ponto de vista do outro.

..." Ela(a experiência acima explicada) mostra, antes de tudo, o quanto nossa percepção pode ser profundamente condicionada, ou nossos paradigmas. Se dez segundos podem ter tal impacto em nossa maneira de ver as coisas, o que dizer dos condicionamentos que duram uma vida inteira? As influências marcantes em nossas vidas- família, escola, religião, ambiente de trabalho, amigos, colegas e paradigmas sociais em vigor, como a Ética da Personalidade - foram responsáveis por um impacto insconsciente e silencioso em nossas mentes, ajudando a formar nossos quadros de referências, paradigmas e mapas.
Podemos concluir também que estes paradigmas são a nossa fonte de atitudes e comportamentos. Afastados deles, não podemos agir com integridade. Simplesmente não temos como manter a coerência se falamos e agimos em discordância com aquilo que vemos.(...)
Isso nos leva a um dos defeitos básicos da Ética da personalidade. Tentar modificar as atitudes e comportamentos exteriores não adianta muito a longo prazo, se deixamos de examinar os paradigmas básicos a partir dos quais estas atitudes e comportamentos são gerados.
A demonstração da percepção também revela a intensidade com que nossos paradigmas interferem no modo como interagimos com outra pessoa. Pensamos que vemos as coisas claras e objetivamente, e depois, nos damos conta que os outros as vêem de modo aparentemente tão claro e objetivo quanto o nosso. "O que vemos depende de onde estamos".
Cada um de nós tem tendência para pensar que vê as coisas como são, objetivamente. Mas não é bem assim. Vemos o mundo, não como ele é, mas como nós somos - ou seja, como fomos condicionados a vê-lo. Quando abrimos a boca para descrever o que vemos, na verdade descrevemos a nós mesmos, nossas percepções e paradigmas. Quando as outras pessoas discordam de nós, imediatamente achamos que há algo errado com elas. No entanto, como exemplificado pela demonstração, pessoas sinceras, com a cabeça no lugar, podem ver as coisas de modo diferente, cada uma delas olhando o mundo através das lentes específicas de sua própria experiência.
Isso não quer dizer que os fatos não existem". (...) Quando dois indivíduos olham juntos para uma terceira hipótese, podemos juntar o melhor doa dois.
Quanto mais nos conscientizamos de nossos paradigmas (...) e do quanto somos influenciados por nossas experiências, mais responsabilidades podemos assumir por estes paradigmas, mais podemos examiná-los, testá-los em confronto com a realidade, ouvir a opinião dos outros e nos abrirmos para os conceitos alheios, obtendo deste modo um quadro mais amplo e uma visão mais objetiva."

sábado, 30 de janeiro de 2010

Abertas inscrições para apresentação de trabalhos para o ABTD


Organizado pela ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento) desde 1976, o CBTD - Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento é realizado todos os anos no mês de Dezembro. Atualmente é considerado o maior e melhor congresso de treinamento da América Latina, com mais de 2.000 participantes e mais de 70 atividades técnicas.

Até o dia 31/06/2010, a Comissão Científica do CBTD 2010 receberá as propostas de consultores (máximo de 2 (duas) propostas por CPF, independentemente se for CASE ou PALESTRA) para apresentação de trabalhos durante o evento.

Maiores informações, acesse o portal

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A dívida histórica Européia

Recebi por email. Verdadeira ou não, o raciocínio é fantástico e trágico!

O que vocês acham?

Um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de ascendência indígena, sobre o pagamento da dívida externa do seu país, o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Europeia

· A Conferência dos Chefes de Estado da União Europeia, Mercosul e Caribe, em Madrid, viveu um momento revelador e surpreendente: os Chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados um discurso irónico, cáustico e historicamente exacto.

· Eis o discurso:

· "Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" há 500... O irmão europeu da alfândega pediu-me um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financeiro europeu pede ao meu país o pagamento, com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse. Outro irmão europeu explica-me que toda a dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros, sem lhes pedir consentimento. Eu também posso reclamar pagamento e juros.
Consta no "Arquivo da Companhia das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos de 1503 a 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.

· Teria aquilo sido um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento!

· Teria sido espoliação? Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.

· Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a actual civilização europeia se devem à inundação dos metais preciosos tirados das Américas..

· Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas uma indemnização por perdas e danos.

· Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva.

· Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano "MARSHALL MONTEZUMA", para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra e de outras conquistas da civilização.

· Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar: Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos?

· Não. No aspecto estratégico, delapidaram-nos nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias outras formas de extermínio mútuo.

· No aspecto financeiro, foram incapazes - depois de uma moratória de 500 anos - tanto de amortizar capital e juros, como de se tornarem independentes das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.

· Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar, o que nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos para cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo.

· Limitar-nos-emos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, concedendo-lhes 200 anos de bónus. Feitas as contas a partir desta base e aplicando a fórmula europeia de juros compostos, concluimos, e disso informamos os nossos descobridores, que nos devem não os 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, mas aqueles valores elevados à potência de 300, número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra.

· Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue?

· Admitir que a Europa, em meio milénio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para estes módicos juros, seria admitir o seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas.

· Tais questões metafísicas, desde já, não nos inquietam a nós, índios da América. Porém, exigimos a assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente na obrigação do pagamento da dívida, sob pena de privatização ou conversão da Europa, de forma tal, que seja possível um processo de entrega de terras, como primeira prestação de dívida histórica..."

· Quando terminou seu discurso diante dos chefes de Estado da Comunidade Européia, Guaicaípuro Guatemoc não sabia que estava expondo uma tese de Internacional para determinar a verdadeira Dívida Externa.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

o "olho" do problema

PessoALL! este é um trecho do livro do meu amigão Robson Santarém, Precisa-se (de) Ser Humano. Quero compartilhar a reflexão com vocês.

" O que se vê, a todo momento e por todos os lados, é que a vitória será sempre do mais forte, do mais rápido e não do mais solidário, do mais fraterno. Assiste-se e, de algum modo, todos participam do mesmo espetáculo, que parece ser mais feliz aquele que mais acumula- mesmo que à custa dos outros e da destruição da natureza - do que aquele que se compromete e se coloca a serviço do bem comum. Somos estimulados, o tempo todo, para o consumismo, para o individualismo - é o sucesso individual a qualquer preço- tornando a competição algo feroz com nós mesmos e, obviamente, com os demais.

Assim, seguindo as regras estabelecidas pelo mercado, as instituições de ensino, transformadas em empresas, investem cada vez mais (...) em preparar alunos/clientes para o mercado, consoante o desejo das organizações de contratarem pessoas mais qualificadas e competitivas - como se competitividade fosse sinônimo de competência.

No entanto,as pessoas não são competentes porque são competitivas, mas pela capacidade que têm de entender a essência do negócio em que atuam e de responderem aos desafios que lhes são apresentados com seus conhecimentos, habilidades, atitudes e valores que façam a diferença.

E o que se constata neste mundo do trabalho é que a crise que o atinge não é de natureza tecnológica, tampouco apenas de deficiência de profissionais qualificados, mas, sobretudo, que a sua origem está na questão dos valores éticos.(...)

Os problemas organizacionais abragem aspectos múltiplos, que ultrapassam a velha questão capital x trabalho. Incluem questões ontológicas, tais como: por que e para que a organização existe? Qual a sua missão? Como é vista por seus colaboradores, parceiros, comunidade e todos os demais com que ela se relacionam? Que contribuições e soluções ela apresenta para a sociedade? E, obviamente, as respostas devem estar alicerçadas em um conjunto de crenças e valores.

Ora, se tais questões são importantes para as organizações, os profissionais que as lideram e nelas trabalham precisam saber respondê-las (...). Entretanto, as pessoas não são formadas para responder tais questões, não sabem sequer responder sobre a própria missão e sobre seus próprios valores.

(...)

É premente enfatizar que a universidade ainda tem o papel de formar para a cidadania, de modo que os profissionais por elas formados se tornem fonte de transformações históricas. Mas, que cidadãos estão sendo formados? Qual é o conceito de cidadania que está em vigor? Será cidadão somente aquele competitivo? O que tem poder de consumo? Ou todas as pessoas, em igual dignidade, poderão ser chamadas cidadãs?
(...)

Deste modo, se a educação, como instrumento de desenvolvimento do ser humano e do desenvolvimento social, ficar submetida aos ditamos do mercado e a outros interesses, desvia-se da sua função precípua.

E é exatamente o que se constata hoje e é cada vez mais amplamente defendido por profissionais: que a escola deve formar para o mercado. Mas, que mercado? para que emprego? A grande questão, na verdade, é a que projeto de vida, a que visão de mundo, de sociedade, a que ser humano a educação se coloca a serviço? "

É, meus queridos, esta é a mensagem reflexiva que deixo para vocês e na qual procuro me debruçar dia a dia. Lembra àquela música "Você tem sede de que? Você tem fome de que?"

Grande beijo

um blog bacanérrimo!

Pipou, está é uma querida que tem um projeto muito bacana e um blog também bacana. Dêem uma passadinha lá, ok?

http://construindotalentos.blogspot.com/

Beijos

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Cora Coralina


Saber Viver


Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar


Esta coisa linda e profunda é uma das mais famosas obras de Cora Coralina, poetisa brasileira, cujo verdadeiro nome era Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas, no estado de Goiás, em 20/08/1889 e partiu em 10/04/1985, aos 95 anos.

Se achava mais doceira do que escritora. Considerava seus doces, que encantavam os vizinhos e amigos, obras melhores do que os poemas escritos em folhas de caderno.
Só em 1965, aos 75 anos, ela conseguiu realizar o sonho de publicar o primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais. Ana Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas viveu por muito tempo de sua produção de doces, até ficar conhecida como Cora Coralina, a primeira mulher a ganhar o Prêmio Juca Pato, em 1983, com o livro Vintém de Cobre – Meias Confissões de Aninha.

Aos 70 anos, decidiu aprender datilografia para preparar suas poesias e enviá-las aos editores. Cora, que começou a escrever poemas e contos aos 14 anos, cursou apenas até a terceira série do primário.

Mas, tal qual uma grande alma, vivia a vida simples a doar. Veja se não é essa a missão de nossas vidas:

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina".

Namastê !

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Gestão do Conhecimento

O material abaixo é bem interessante. Diz assim:
" Como administrar o conhecimento nas organizações. Na definição clássica, a gestão do conhecimento consistiria em combinar pessoas, processos e tecnologias, com a finalidade de compartilhar informação para adquirir vantagem competitiva.
Na visão mais atual, as organizações são redes de relações e a gestão do conhecimento consistiria em transferir conhecimento de que o tem a quem o necessita.
Alguns autores propõem duas possíveis estratégias: numa é fundamental armazenar o conhecimento em base de dados, de modo a poder disponibilizá-los para quem precise com agilidade e facilidade. De outro lado, visa construir formas eficientes de comunicação entre as pessoas. Parte-se da idéia de que o conhecimento a ser compartilhado é tácito, quer dizer, que só o contato entre as pessoas pode garantir o compartilhamento deste conhecimento.
Tudo isso leva a crer que o conhecimento não se constrói sozinho, mas a partir da troca de idéias, de vivências e experiências entre membros de uma mesma comunidade.

Bacana isso não?

Mas, um dos desafios que vejo e quero compartilhar suas opiniões é:
1) Como vocês veem as ações de algumas organizações que buscam controlar o uso das comunicações virtuais entre seus colaboradores em função do mau uso, tanto em termos de conteúdos inadequados, quanto em improdutividade por estarem tratando de assuntos pessoais? Conheço várias que bloquearam acesso a internet, MSN, Skype, entre outros. E até mesmo o uso do correio eletrônico com limite de tamanho das mensagens?
Se por um lado estes recursos geram agilidade e produtividade, além do enriquecimento com a troca de conhecimentos tácitos; por outro há este aspecto do uso inadequado destas ferramentas por parte de trabalhadores. E aí? Como você vê isso? Como é lá no seu trabalho?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

ensaio sobre o deboche


Pipou, quem de nós já não usou desta arma fatal? Quem de nós nunca sofreu uma bela debochada e, furioso, ficou com aquela cara de "pois é" sem saber como revidar?

Pois é, o deboche é uma maldade disfarçada. Um ataque. Um modo de zombar ou espizinhar ambíguo que deixa o "debochado" (aquele que sofreu o deboche) totalmente confuso, com uma raiva brutal e sem saber como reagir, pois o ataque é feito em tom de piada, de brincadeira inocente.

O deboche é tão cruel que deixa o "debochado" sem saída: se ele reage com veemência pode ser taxado de "sem espírito esportivo", ou de "destemperado", afinal, o "debochador" (aquele que debocha) estava apenas "brincando". E o pobre fica ali fermentando sua raiva a espera de uma oportunidade para o revide.

O debochador, geralmente é cruel, e apresenta um comportamento passivo-agressivo. Usa-se da ambiguidade para mandar seu recado. E mais, geralmente o faz com platéia, já que o deboche entre dois não tem efeito ou graça.

Nas organizações, então, há um campo fértil para a ampla e generosa disseminação dos deboches. Tudo, quase sempre, muito cordial. Para isso os RH´s já estão se precavendo, através de códigos de conduta e orientação às lideranças e chefias, pois o deboche é um dos grandes motivos para os processos de assédio moral. Sobretudo se vier por parte de "debochadores" de nível hierárquico acima dos "debochados".

Há até uma orientação geral para não se fazer qualquer brincadeira, por mais inocente que seja, em relação a uma pessoa em específico. Pois, a linha que separa o deboche da piada é muito tênue. O mais seguro é não se fazer a piada ou, quando ela for irresistível, usá-la sempre na forma genérica (será que deixa de ser deboche?).

Bem, mas também é necessário que eu divulgue a "solução". E aí, como agir sem parecer tolo ou passar por grosseiro?

Os especialistas (não em zombaria, mas em assédio moral) dizem que a melhor e mais eficaz arma é tornar o deboche claro, explícito, escancarado para todos.

Como? o "debochado" deve dizer ao "debochador" como se sente com a atitude dele, com a falta de clareza. Pedir maiores esclarecimentos sobre sua real intenção ao fazer o comentário, pois o mesmo dá margens à dúvidas e você ("debochado") não está entendendo se se trata de uma brincadeira ou se há alguma outra intenção por traz do comentário - Arrasante esta ação não?

Em geral, o "debochador", não quer mesmo um confronto (a graça está na ambiguidade) e acaba por dizer tratar-se de uma brincadeira. Saída honrosa para o "debochado", pois é a oportunidade de dizer, frente aos demais, que não gosta deste tipo de brincadeira e de pedir ao "debochador" que fale mais diretamente quando tiver algo a comentar.

Acabou! Desmontou totalmente a estratégia - bem verdade que nem sempre consciente por parte do "debochador".

Para concluir, é preciso esclarecer que esta atitude do "debochado" não é fácil de ser feita, sobretudo no ambiente de trabalho e/ou se o "debochador" é alguém mais importante ou hierarquicamente superior. É preciso forte dose de coragem, auto estima e segurança. Que, nem todos tem.

Mas, afora esta, não há outra saída. Pois o "debochador" não pára ou se intimida diante de cara feia ou de desprezo. Ao contrário, quanto mais o "debochado" se recolhe, mais o "debochador" ataca, já que o seu grande prazer não é maltratar A ou B, mas o prazer que obtém da ação de debochar.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A neurociência e a neuroliderança - e suas contradições!

Oi, PessoALL!
Estou aqui lendo uma matéria da Melhor Gestão de Pessoas, com o David Rock, consultor americano, criador do conceito de neuroliderança*, onde ele diz que "acredito que o coaching** consiste em aperfeiçoar o pensamento das pessoas. E para fazer isso, você precisa minimizar a emoção...".

Na matéria da Veja, da semana passada, uma entrevista com António Damásio - considerado um dos neurocientistas mais respeitados da atualidade - onde ele afirma "a emoção modula constantemente a forma como os dados e os acontecimentos são guardados na memória". e segue, "não há memória ou tomada de decisão neutras".

Ora, se até a neurociência já descobriu e mapeou, no cérebro, as áreas responsáveis pelas emoções e já temos certeza de que a memória não é linear e neutra como um arquivo de computador, mas armazenada de acordo com as emoções; leia-se todas as lembranças são associadas a emoções(boas ou más), de que adiantam técnicas para "neutralizar" as emoções na hora em que, como líderes, temos que tomar decisões ou dar feedbacks? Como pais ou mães, temos que educar os filhos? Como profissionais temos que confrontar colegas ou superiores?

Na minha experiência profissional, conclui que não adianta trabalhar apenas a dimensão conhecimento, racional. As pessoas sabem o que é o certo e o que é preciso fazer. O difícil é fazer. Por que? Porque as emoções são abafadas, não pesquisadas, não se investe em auto-conhecimento. Se não reconheço (e conheço) minhas emoções, como tomar decisões "neutras"? Então, um bom processo de coaching e de treinamento, precisa abordar a emoção. "O que isso lhe causa?" "Como você se sente?" "Por que acha que isso te causa esta emoção?" O que deste registro de memória não se aplica mais nesta circunstância?", "O que você poderia ou desejaria mudar?", "como pensa que poderá fazer esta mudança?" Estas e outras perguntas, ajudarão às pessoas a tomarem consciência de como as emoções estão regulando sua vida. Só assim épossível mudar o padrão. É vital tocar na emoção!
Então, cuidado com processos e treinamentos que abordem apenas o conhecimento, o racional. Isso não muda comportamento.

Grande beijo e aguardo sua opinião.

*"é essencialmente o estudo daquilo que ocorre no cérebro quando tentamos realizar tarefas que envolvem liderança, como tomar decisões, resolver problemas, regular emoções, colaborar com os outros e promover mudança"
** do frances, "cocheiro", aquele que ajuda a guiar a carruagem. Trata-se de uma técnica, um tipo de "terapia" profissional que visa a aprimorar as habilidades profissionais, através de ajuda de profissional qualificado.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Cala a boca !

Genteeemmm, olha esta!

"Proibido Reclamar
Essa é a norma da companhia municipal de limpeza de Huelva, no sul da Espanha, de acordo com notícia recentemente publicada pela BBC Brasil.
A regra surpreendeu os 1,5 mil funcionários públicos do município, adverte quem for pego protestando e aparece num folheto de duas páginas com frases como: "Em lugar de reclamar, lembre que você deveria estar agradecido por ter emprego" ( Meu Deus!!!!).
Ou ainda: "Se é chato sair de casa, pegar engarrafamento e, ainda, não gosto do que faço. lembro que há uma crise lá fora e muita gente gostaria de estar no meu lugar"

Esta não dá nem pra comentar, né? Como você vê isso frente à motivação, comprometimento, vantagem competitiva, responsabilidade social? Tô esperando sua opinião, combinado?

Fui!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Mudança e Transição


(este material é de autoria do Dr.José Manuel Figueiroa González)

... "Por isso os métodos tradicionais e convencionais através dos quais se administravam as mudanças, já deixaram de ter um efeito positivo na imensa maioria das organizações.

Quando se submete às pessoas a muitas e intensas mudanças em um tempo mais ou menos curto, as induzimos a grandes doses de estresse e desorientação, tornando muitas vezes insalubre, e inclusive perigosa para a estabilidade emocional das pessoas.

Devido a urgência com que ocorrem as mudanças, menos adaptação e menos possibilidade de êxito ocorrerá.

A pressa vai unida ao caos, realizando as coisas mecanicamente e não por convencimento. A mudança deve ser explicada, assimilada e instituída, seu êxito depende da forma como se inicia e se desenvolve e de novo a equipe dirigente possui papel vital.

De tudo isto, entende-se que a mudança leva a uma etapa de transição; que não deve ser evitada e depende em última instância da preparação das pessoas, do grau em que estejam propensas à mudança, de suas capacidades de descongelamento e, sobretudo do profissionalismo dos chamados "mudancistas", pessoas que devem possuir uma grande experiência e profissionalismo, e que são os agentes que partem à frente. Mudança não é o mesmo que transição. A mudança é situacional: o novo posto, o novo sistema, a nova política.

A transição é o processo psicológico através do qual as pessoas passam, para adaptarem-se ao novo. A mudança é externa, enquanto que a transição é interna. A menos que ocorra a transição, a mudança não funcionará. Isto é o que ocorre quando uma ideia não tem êxito.

Quando falamos de mudança, fixamos a atenção no resultado que produzirá. A transição é diferente, seu ponto de partida não é o resultado, mas sim os passos que você terá que dar, para deixar para trás a velha situação".

Muito interessante, não? Por isso, vemos como nossas pequenas decisões de mudar e as das empresas também, correm grandes riscos de não funcionar. Por que pensamos em mudança, mas não preparamos a transição.

Grande beijo

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Retornando com muita disposição à 2010!!!

Oiê, genteeeemmmm!!!! Quantas saudades de vocês! Juro! Nunca quiz tanto que minhas férias acabassem. Sério! Queria muito contar o quanto minhas férias foram legais, quantos lugares legais eu visitei, quantas pessoas bacanérrimas revi e conheci, mas.... NÃO ACONTECEU NADA DISSO (snif).
Parece que a gente idealiza as férias. As vezes, as férias parecem à aposentadoria ou a vida após a morte. Sabe, aquele pensamento que você cultiva consoladoramente: Quando chegar,aí vai ser o máximo! Vou curtir, vou ter tempo, vou fazer, vou acontecer... e esquece que a vida, a felicidade é o caminho e não o destino (ops, acho que estou plagiando alguém).
Então gente, minhas férias foram CHATÉRRIMAS! Na primeira semana foi com as família para um hotel Fazenda. Primeiro dia, show!, Segundo dia, terceiro dia... cara, no quarto dia você está surtando de tanto verde, ar puro, silêncio, muuuiiiita comida, não suporta mais dar milho aos animais e os joguinhos de perfil ou mímica à noite...
Natal com família. Bem, esta parte eu pulo pq todos vocês tem família (eu acho) e passam por natais. Ah, para não ser ingrata, ganhei uns presentinho muito legais. Isso eu ADORO!
Reveillon, santa idéia de trazer meus pais e sogros para minha casa. Vocês querem saber como foi? Claro que não, né.
Ah, teve também a parte de que a empregada se mandou. E aí, fiquei tipo assim, com 8 pessoas em casa e sem nenhuma Rosecreide para me ajudar!!!! Lerê Lerê...
Quando os velhos foram embora, chorei copiosamente ao deixá-los no aeroporto. Eles juram que era de saudades... Ainda bem que nenhum deles bloga ou frequenta a internet.
Bem, passado tudo isso, considerem-se beijados e como todos os melhores votos para 2010. Voces são muito bacanas!
Ah, já contei que estou fazendo o Mestrado? Nossa, acho que esta é velha!

Beijos mil e vou fazer um post com a diferença entre mudança e transição. Achei um material muito legal. Ah, tem também um vídeo sobre uma menina genial que conta uma história com desenhos. Bárbaro! Qual vocês preferem?

Beijos