sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Felicidade Realista (Mário Quintana)


Amigos, não tenho certeza se é mesmo do MQ. Mas, recebi como sendo. E como me bateu fundo. Faço dele meus mais sinceros votos para 2011.
Beijos


"A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor… não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio.
Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite PAZ e não sentimentos fortes, que nos atormentam e provocam inquietude no nosso coração. Isso tudo pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Saiba como realizar e receber um feedback sem constrangimento



Como você recebe uma sugestão, crítica ou comentário no trabalho? Tenta aprender com o que é dito ou ignora a opinião recebida?

Caso você esteja no "time" que absorve críticas e transforma em algo construtivo, parabéns! No trabalho, quem recebe bem o feedback tem a oportunidade de alinhar-se aos objetivos e metas da empresa ou melhorar seu desempenho pessoal de forma mais rápida e eficiente.

Porém, nem sempre é fácil adaptar as pessoas. É comum encontrarmos o "time" que não é muito chegado a criticas e sugestões. São aqueles profissionais geralmente "turrões" ou que não têm o famoso "semancol" e, muitas vezes, atrapalham o desempenho de toda uma equipe.

Nesse momento, algumas ações podem facilitar a interação franca entre profissionais e evitar constrangimentos.

Como forma de colaborar com o dilema dessa interação, o Portal Administradores conversou com Carlos Alecrim, coach executivo, palestrante e CEO do ICCoaching (International Corporate Coaching). Alecrim revelou alguns detalhes sobre a melhor forma realizar e receber o feedback. Confira!

Por que, às vezes, se torna tão difícil passar algum conselho ou crítica aos colegas de trabalho? Falta coragem para falar com o outro profissional e humildade para as pessoas receberem comentários sobre seu serviço?

Algumas pessoas realmente têm dificuldade e não conseguem dar o feedback porque têm também limitações para ser um líder. Além disso, há a tendência equivocada de alguns executivos de só passarem feedback para contornar conflitos e isso não é bom. A pessoa também deve recebê-lo quando está tudo indo bem, quando consegue superar um desafio.
O líder deve ter a capacidade e a sensibilidade de transmiti-lo de acordo com o perfil da pessoa e no tempo certo, porque é mais complicado quando o conflito já está gerado. A dificuldade em receber o feedback talvez seja pela forma e conteúdo que ele está sendo dado. É indicado que os comentários sejam substituídos por feedbacks construtivos. E isso se aprende com técnicas de coaching que contribuem para identificar cada perfil de comportamento, por exemplo.

Que dicas você daria para que essa abordagem com um colega seja transparente e não cause constrangimento?

Para começar, a pessoa só deve começar o processo de feedback quando ela tiver certeza de que ele é necessário. Deve ser baseado no que está dificultando o resultado e nunca no que está incomodando. A mensagem para ser eficaz deve ser focada em quem irá recebê-la. Então, é necessário que quem vá dar o feedback se coloque no lugar do outro, pensando em suas características. Outro ponto é não passar atitude de desamparo, porque o verdadeiro feedback integra todos os cuidados que comentei anteriormente e também o apoio e o compromisso após a mensagem.
É preciso saber se a pessoa concorda, se discorda, como você pode ajudá-la e o que será feito. Jamais dê um feedback para quem não está preparado. Busque prepará-lo, sempre. Vale destacar que não existe fórmula pronta, mas há sutilezas a serem observadas. Se a pessoa for objetiva, você deve apoiar o feedback em dados diretos, com a informação nua e crua. Porém, para a maioria das pessoas, é mais bem adequado que ele venha com uma abordagem inicial, com sutileza e inteligência emocional. O principal cuidado é não passar uma punição verbal. O feedback deve ser palatável para o receptor, por isso, é tão imprescindível a preparação.

Existe algum momento mais apropriado para passar essa crítica ou sugestão no ambiente de trabalho? Tem que ser logo em seguida ao fato que gerou esse feedback?
O momento apropriado depende da associação de duas dimensões: receptor preparado e o fator que o motiva esteja minimamente morno. Não há um tempo exato como "fórmula mágica", mas é importante que não se passe muito tempo. É óbvio que se a pessoa receber o feedback três meses depois do que o fato ocorreu irá encará-lo negativamente, porque nem irá mais lembrar dos detalhes. Especialmente, se foi por conta de uma mentira de conveniência.
Por exemplo: uma pessoa falta ao trabalho e fala para o líder da equipe que estava resfriada e ele fica sabendo por outra pessoa que na verdade o motivo da falta foi uma briga com o marido ou a mulher. Em casos assim, não se pode perder tempo. É preciso chegar para ela pessoalmente e buscar saber por que ela não se sentiu à vontade para contar a verdade. Até porque é preciso perceber que o líder não está sendo visto como líder, mas como chefe. Em outro problema mais grave, ele pode não contar com essa pessoa, então, é preciso passar o feedback o quanto antes.
É lógico que não pode perder tempo com citações de nomes de quem contou. É para só focar no fato, deixando claro que você compreende o real motivo da falta. Demonstre que ela pode confiar em você porque você também quer confiar nela e explique que não quer ouvir nenhuma outra mentira, mesmo que seja uma mentira de conveniência. É essencial que a sua equipe sinta confiança em você. Perceba que o líder precisa desenvolver a sensibilidade de avaliar o tempo adequado, a situação e o perfil de comportamento do receptor.

Ainda vale a máxima de "elogios em público e crítica em particular"?
Sempre deve ser assim! Essa é a atitude dos líderes. A mensagem positiva em público demonstra o quanto a pessoa é observada. Desde a infância, é inerente ao ser humano querer aparecer de alguma forma. Basta a gente lembrar do tempo da escola, em que alguns buscavam aparecer com atitude brincalhona e outros com o empenho nos estudos, por exemplo.

O líder deve ter essa sensibilidade para estimular as atitudes positivas dos seus liderados, porque carregamos esse comportamento pela vida e repetimos no trabalho. As críticas positivas devem ser dadas em público, como estímulo. Entretanto, quando o que foi apresentado foi negativo ou não tão positivo assim, é necessário ser feito a sós. Também não vale passar uma crítica positiva em público que não condiz com a realidade. Você corre o risco de cair em descrédito. A atitude coach transmite mensagens de elevação, que contribuem de fato para o aperfeiçoamento dos processos da equipe.

10 itens que matam a produtividade diária


Um planejamento semanal bem elaborado pode cair por terra quando as atividades diárias pré-estabelecidas são deixadas de lado por motivos circunstanciais ou urgentes, que atrapalham a produtividade. Será que você tem passado por isso?
Confira a lista abaixo e veja com quais itens você se identifica.
1 – E-mail – Ficar com o e-mail aberto faz o nível de interrupções ficar intolerável, aumenta a ansiedade e a sensação de atividades por fazer. Recomendo definir períodos para lidar com as suas mensagens sendo que no resto do tempo o caixa deve ficar fechada.
2 – Não ter clareza sobre o que fazer – O que você precisa fazer primeiro? Você sabe pelo menos 80% do que deve ser feito hoje? Se não souber responder a essas perguntas, com certeza vai se perder em tarefas circunstanciais.
3 – Estou em Reunião – Uma pesquisa feita pela Triad Consulting, demonstra que 1/3 das reuniões podem ser canceladas. Então: dieta de reuniões já! Quanto menos, melhor. Se tiver de fazer, seja objetivo, defina pontos de discussão e faça durar no máximo 2 horas.
4 – Redes Sociais – Você usa twitter, facebook, orkut, etc? Controle a ansiedade de ficar conectado a essas redes. Utilize eventuais intervalos no dia ou o horário de almoço para se atualizar.
5 – Falta de energia – Você está cansado, sem pique e não consegue se concentrar? A falta de “energia” rouba muitas horas do dia e faz a pessoa “surfar” em atividades circunstanciais. Tenha hobbies, procure um médico, tome um multi-vitamínico, alimente-se em horários regulares, faça sexo (com freqüência).
6 – Falta de foco – Começa uma atividade e em pouco tempo salta para outra tarefas? Se a atividade for grande, quebre em pequenas atividades, feche qualquer outro software que não esteja usando, coloque o celular no silencioso e, se funcionar para você, ouça música.
7 – Navegador cheio de favoritos – Você abre seu browser para ir em um site, esbarra na lista de favoritos e começa a surfar por outros portais? Instale um novo navegador (sugiro o Safari) e não importe os seus favoritos. No novo browser, com a lista de favoritos zerada, você perde a tentação de ficar navegando à toa.
8 – Messenger, Wave, GTalk, etc – A regra é simples: está ocupado? Fique com status invisível ou offline. Está tranquilo? Fique ausente ou ocupado. Está com tempo para conversar? Fique disponível.
9 – Interrupções – Se muita gente interrompe você, pode ser porque sua comunicação não anda muito adequada. Faça uma revisão de como redige os emails, concede informações e delega atividades.
10 – Tarefas imprevistas, convites inesperados e favores – Que tal falar NÃO de forma concreta (baseado em planejamento X disponibilidade)? Se muitas tarefas imprevistas surgem na sua rotina, é possível que o nível de planejamento não esteja adequado. Repare em quais dias da semana você tem mais imprevistos e utilize isso a seu favor.

Por Christian Barbosa (Especialista em administração de tempo e produtividade, é Autor dos livros “A Tríade do Tempo", "Você, Dona do Seu Tempo”, “Estou em Reunião” e co-autor de “Mais Tempo, Mais Dinheiro".

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Versões de Mim


Versões de mim

(Luiz Fernando Veríssimo)

Vivemos cercados pelas nossas alternativas, pelo que podíamos ter sido.


Ah, se apenas tivéssemos acertado aquele número (unzinho e eu ganhava a sena acumulada), topado aquele emprego, completado aquele curso, chegado antes, chegado depois, dito sim, dito não, ido para Londrina, casado com a Doralice, feito aquele teste…
Agora mesmo neste bar imaginário em que estou bebendo para esquecer o que não fiz – aliás, o nome do bar é Imaginário – sentou um cara do meu lado direito e se apresentou:
- Eu sou você, se tivesse feito aquele teste no Botafogo
E ele tem mesmo a minha idade e a minha cara. E o mesmo desconsolo.
- Por que? Sua vida não foi melhor do que a minha?
- Durante um certo tempo, foi. Cheguei a titular. Cheguei a seleção. Fiz um grande contrato. Levava uma grande vida. Até que um dia..
- Eu sei, eu sei… disse alguém sentado ao lado dele.
Olhamos para o intrometido… Tinha a nossa idade e a nossa cara e não parecia mais feliz do que nós. Ele continuou:
- Você hesitou entre sair e não sair do gol. Não saiu, levou o único gol do jogo, caiu em desgraça, largou o futebol e foi ser um medíocre propagandista.
- Como é que você sabe?
- Eu sou você, se tivesse saído do gol. Não só peguei a bola como me mandei para o ataque com tanta perfeição que fizemos o gol da vitória. Fui considerado o herói do jogo. No jogo seguinte, hesitei entre me atirar nos pés de um atacante e não me atirar. Como era um herói, me tirei… Levei um chute na cabeça. Não pude ser mais nada. Nem propagandista. Ganho uma miséria do INSS e só faço isto: bebo e me queixo da vida. Se não tivesse ido nos pés do atacante…
Ele chutaria para fora. Quem falou foi o outro sósia nosso, ao lado dele, que em seguida se apresentou.
- Eu sou você se não tivesse ido naquela bola. Não faria diferença. Não seria gol. Minha carreira continuou. Fiquei cada vez mais famoso, e agora com fama de sortudo também. Fui vendido para o futebol europeu, por uma fábula. O primeiro goleiro brasileiro a ir jogar na Europa. Embarquei com festa no Rio…
- E o que aconteceu? perguntamos os três em uníssono.
- Lembra aquele avião da VARIG que caiu na chegada em Paris?
- Você…
- Morri com 28 anos.
- Bem que tínhamos notado sua palidez.
- Pensando bem, foi melhor não fazer aquele teste no Botafogo…
- E ter levado o chute na cabeça…
- Foi melhor, continuou, ter ido fazer o concurso para o serviço público naquele dia. Ah, se eu tivesse passado…
- Você deve estar brincando.
Disse alguém sentado a minha esquerda. Tinha a minha cara, mas parecia mais velho e desanimado.
- Quem é você?
- Eu sou você, se tivesse entrado para o serviço público.
Vi que todas as banquetas do bar à esquerda dele estavam ocupadas por versões de mim no serviço público, uma mais desiludida do que a outra. As conseqüências de anos de decisões erradas, alianças fracassadas, pequenas traições, promoções negadas e frustração. Olhei em volta. Eu lotava o bar. Todas as mesas estavam ocupadas por minhas alternativas e nenhuma parecia estar contente. Comentei com o barman que, no fim, quem estava com o melhor aspecto, ali, era eu mesmo. O barman fez que sim com a cabeça, tristemente. Só então notei que ele também tinha a minha cara, só com mais rugas.
- Quem é você?perguntei.
- Eu sou você, se tivesse casado com a Doralice.
- E..?
Ele não respondeu. Só fez um sinal, com o dedão virado para baixo…
Creio que a vida não é feita das decisões que você não toma, ou as atitudes que você não teve, mas sim, aquilo que foi feito!


Se bom ou não, penso, é melhor viver do futuro que do passado!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

FÓRUM NACIONAL DOS CONSULTORES - 10 DE DEZEMBRO

CONVITE

No dia 10 de Dezembro, próxima sexta-feira, realizaremos o Fórum Nacional dos Consultores, em São Paulo, evento de dia inteiro finalizado com um coquetel de congraçamento com os expositores, grandes nomes selecionados, e entre os participantes. Cliquem em www.consultores.com.br para acessar todos os detalhes. O valor normal de inscrição é de R$ 450,00 mas para participantes de nossa rede no Linkedin fixamos o valor em R$ 300,00 - desconto na ordem de 35%.

O Fórum já tem muitos participantes 100% confirmados, que virão de diversos estados do Brasil.

Patrocinado por Dino Mocsányi
Portal Consultores - www.consultores.com.br


ESPERO SUA VISITA EM MEU SITE WWW.LDELAROLI.COM.BR

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Dicas para quem vai contratar um colaborador temporário


Dicas para quem vai contratar um colaborador temporário
por Marina Gaspar

O ano está no fim. E se o mercado de trabalho convencional costuma desacelerar nesta época, quem procura um emprego temporário tem, agora, a chance de encontrar aquela vaga que pode render uma efetivação futura, experiência profissional ou simplesmente uma renda extra para começar 2011 no azul. Para quem tem a função de recrutar esses profissionais, no entanto, a tarefa é árdua: o processo tem de ser rápido e tende a ser complexo, já que a escolha pelo candidato ideal – aquele que não renderá dor de cabeça em meio à agitação da temporada – não é das mais fáceis.

“A contratação de temporários nesta época é uma oportunidade muito importante para a empresa e os empresários devem aproveitar este momento para reciclar o quadro de funcionários e descobrir novos talentos”, explica Paulo Roberto de Souza, sênior coach e diretor da consultoria You Can Be e autor do livro A Nova Visão do Coaching na Gestão de Competências.

Segundo Souza, esse movimento pode ajudar no crescimento da empresa. Nas 1,6 mil empresas de trabalho temporário registradas no Ministério do Trabalho, 37% dos empregados contratados sob esse regime acabam sendo efetivados após o período, e muitas vezes ocupam espaço de pessoas que já atuavam na companhia, segundo o especialista. Para a contratação dar certo, porém, é preciso recrutar com eficiência. O consultor dá as dicas para quem precisa desempenhar esse papel.

Função definida

Assim que a empresa detectar que precisa da ajuda de um profissional extra, ela tem de parar para fazer a lição de casa e definir, com muita precisão, todas as funções que aquele novo contratado vai desempenhar. “Definindo bem a função, chegam-se às competências que o candidato deve ter para ocupar a vaga”, explica. Tais habilidades, ele ensina, não devem se ater apenas a qualificações e experiências profissionais, mas devem também abarcar aspectos comportamentais, sobretudo se a vaga exigir contato com o público externo.

Atenção na entrevista

Na hora da entrevista, atenção às perguntas. “O recrutador não deve elaborar questões teóricas ou orientadas para o futuro”, ensina Souza. O motivo? As respostas a esses tipos de questionamentos não indicam que o candidato vai desempenhar bem as funções. “A resposta teórica não mostra o que ele pode fazer e a voltada para o futuro leva a respostas sobre ‘não-acontecimentos’, pontos que, dada a pressa de uma seleção dessas, perdem importância”. A solução é perguntar sempre sobre experiências vividas e trabalhos realizados. “O candidato vai poder contar o que já realizou, objetivos alcançados e, então, o recrutador vai poder julgar se foram boas atitudes”.

Flexibilidade: qualidade determinante

Se há uma qualidade que é essencial ao candidato para uma vaga temporária é a flexibilidade. Pois ele terá de se ajustar, em curto espaço de tempo, a um trabalho ao qual não está acostumado, mas sem ter um período de adaptação. “O temporário precisa ter muita capacidade de adaptação, pois não dispõe de muito tempo para se familiarizar com o trabalho e com a empresa”, diz o coach.

Experiência certa

Embora alguns tipos trabalhos não exijam um background muito extenso, é sempre bom escolher alguém com certa experiência profissional, em especial que esteja de acordo com as funções que serão executadas. Aqui, o tempo também é o problema, pois não há um período grande disponível para treinamento.

Lista completa

Ao contratar um funcionário temporário, o empresário ou recrutador corre um risco do qual não dá para fugir: o profissional pode conseguir um outro emprego e sair da empresa de um dia para o outro. “Há sempre esse risco. O ideal é, claro, escolher a pessoa mais adequada e preparada, mas ter outros nomes em stand-by”. Assim, caso o problema aconteça, já se pode contratar outra pessoa sem ter de realizar todo o processo novamente, já que, pela natureza do trabalho, a empresa não estará em condições de esperar pela realização de todo um processo seletivo novamente.

Faça uma lista do que não fazer


Faça uma lista do que não fazer

Considerando que o tempo é finito e o trabalho é infinito, apenas o tempo é passível de gestão. Confira dicas para dimensionar melhor o trabalho e gerir seu tempo!
Pare para pensar em suas atividades e pendências. De quanto em quanto tempo esta lista aumenta para você? Cada vez mais as pessoas concentram atividades para fazer e, para isso, buscam mais tempo. Ao invés de reduzir a quantidade de atividades, as pessoas tentam “arrumar mais tempo”, seja reduzindo um almoço, aumentando a carga horária de trabalho, carregando o escritório para a casa, entre outras soluções dadas pelos executivos.
Contudo, o mais racional a se fazer, de acordo com o estudioso e autor de best-sellers como “Empresas feitas para vencer” e “Como as Gigantes caem”, Jim Collins, seria gerir o tempo, que é finito. Embora, alguns executivos queiram que o dia tenha mais do que 24 horas, isto é impossível. Portanto, a única solução é dimensionar o trabalho, que é infinito, dentro do espaço de tempo destinado a ele.
Para isso, Collins orienta os executivos a criar uma “lista de atividades para deixar de fazer”, ou seja, priorizar as tarefas e abolir o desnecessário. De acordo com o estudo do autor, as empresas “feitas para vencer” institucionalizaram a disciplina de “atividades para deixar de fazer” com o uso de um mecanismo orçamentário sui generis.
Pare e pense um pouco: qual é o objetivo do orçamento? A maioria responde que o orçamento existe para se decidir qual quantia alocar para cada atividade ou para gerenciar os custos ou por ambas as razões. Do ponto de vista de uma empresa que era boa e passou a ser excelente, as duas respostas estão erradas.
Ao analisar novamente as empresas que fizeram a transição de boas para excelentes, identifica-se que elas demonstraram uma incrível coragem ao canalizar seus recursos em apenas uma área, ou em umas poucas áreas de atividade.
A estratégia de investimentos mais eficaz é um portfólio pouco diversificado, no qual você esteja certo. Embora isso possa parecer engraçado, essa foi, essencialmente, a abordagem adotada pelas empresas “feitas para vencer”.
“Estar certo” significa captar o conceito do porco-espinho; “pouco diversificado” significa investir maciçamente nas áreas que se encaixam perfeitamente dentro dos três círculos e se livrar do restante.
É claro que a chave, aqui, é o pequeno alerta: ”quando você está certo”. Mas como você sabe quando está certo? Aos estudar as empresas, nota-se que “estar certo” não é assim tão difícil, basta ter todas as peças no lugar. Estas peças são:
1. Ter líderes de nível 5, que colocam as pessoas certas em cargos adequados
2. Enfrentar a dura realidade dos fatos
3. Criar um clima no qual a verdade prevalece
4. Tem um conselho e trabalhar dentro dos três círculos
5. Estruturar todas as decisões no contexto do conceito do porco-espinho cristalino
6. Atuar a partir do entendimento e não de bravatas.
“Se você faz tudo isso, então é bem provável que você esteja certo em todas as suas decisões”, conclui Collins.
A grande dúvida é: a partir do momento em que sabe o que é o certo a se fazer, você possui a disciplina para fazer o que é certo e deixar de fazer o que é errado?

De volta a vida....

Oi, meus caríssimos!
Tô naquela correria que todo consultor passa pela final do ano. Giro no país: BH, Goiânia, Maceió, Porto Alegre, Sumaré, Recife, Salvador... já nem sei mais em que cidade estou. Exausta, mas feliz! Conhecendo muita gente bacana e compartilhando muito. Digo que vou ensinar, mas é desculpa. Vou mesmo é aprender.
Bem, em seguida algumas notícias que garimpei pelo caminho.
Beijos
e não deixe de visitar meu Blog www.LDelaroli. com.br

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Os 7 hábitos das pessoas produtivas no trabalho


esta vem do www.oz.com.br

Normalmente, as pessoas que conseguem ser mais produtivas em seu trabalho são aquelas que adquirem bons hábitos de organização. Alias, organização e produtividade são dois conceitos que andam juntos.

A seguir apresento 7 hábitos que podem garantir a eficiência e produtividade no trabalho.

1. Pessoas produtivas no trabalho possuem um Arquivo Organizado.
Elas conseguem encontrar seus papéis e documentos fácil e rapidamente. Isso é possível pois elas mantêm um arquivo organizado, com categorias claras e objetivas. Para ajudar nesta tarefa o Arquivo Mágico é uma ótima opção.

2. Pessoas produtivas no trabalho possuem uma Agenda Organizada.
Elas anotam todas as suas tarefas, compromissos e lembretes na agenda, que é seu mais importante instrumento de trabalho. Sabem da importância de manter a agenda sempre a seu lado, 100% do tempo. Muitas utilizam um smartphone, um dos mais eficientes recursos para nossa organização pessoal.

3. Pessoas produtivas no trabalho Não Procrastinam.
Isso quer dizer que elas não costumam deixar as coisas para depois. O que deve ser feito hoje, é feito hoje, e não amanhã. Essas pessoas mantém o hábito de resolver as coisas logo. Se por exemplo recebem um e-mail, ou respondem na hora, ou agendam uma tarefa, ou encaminham ou arquivam ou deletam, mas o e-mail não fica sem uma ação.

4. Pessoas produtivas no trabalho fazem Planejamento.
Elas sabem que 1 hora de planejamento pode economizar até 10 horas de trabalho. Elas sabem o que estão fazendo agora, para onde devem ir e por qual caminho irão. Planejar a semana na agenda e depois fazer revisões diárias, ajuda a diminuir o stress e a melhorar a performance no trabalho.

5. Pessoas produtivas no trabalho possuem seu Espaço de Trabalho Organizado.
“Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar” . Elas procuram manter sua mesa, gavetas, arquivos e armários limpos e organizados. Sabem que a bagunça é um grande ladrão de tempo, que prejudica a concentração e contribui para o aumento do stress.

6. Pessoas produtivas no trabalho mantém seu Computador Organizado.
Elas possuem sua caixa de entrada de e-mail sempre vazia e organizada, seu desktop limpo, seus arquivos corretamente nomeados e suas pastas bem categorizadas. Manter nosso computador organizado pode garantir uma grande economia de tempo e aumentar a produtividade.

7. Pessoas produtivas no trabalho Não são Multitarefa.
Isso significa que elas não costumam fazer várias coisas ao mesmo tempo, pois sabem que isso diminui a eficiência na realização das tarefas. Elas procuram manter o foco e a concentração em uma tarefa de cada vez.

Organize-se! Você pode!

workshop via Twitter


essa é do CanalRH, por Daniela Lessa com colaboração de Anderson Silva.

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) promoveu, em outubro, o primeiro workshop via Twitter de que se tem notícia. E o tema não poderia ser outro: inovação. O Twittershop, como ficou conhecido, teve o objetivo de dar dicas sobre inovação a pequenos e médios empresários.

Para participar do evento, o interessado precisava seguir o perfil da entidade no microblog (www.twitter.com/sebraesp) e poderia encaminhar posts de até 140 caracteres, como é permitido pela ferramenta. Para que as mensagens fossem identificadas e classificadas como relativas ao workshop, deveriam ter a hashtag (categoria) #inovesebraesp incluída ao final do texto enviado. Dessa forma, todos os comentários referentes ao mesmo assunto ficam agrupados, o que, no caso, possibilitou a avaliação posterior de diversos aspectos referentes ao evento.

Larúbia ressalta, por exemplo, o fato de os comentários terem sido postados de forma evolutiva, obedecendo a uma sequência em que os mais recentes reforçavam ou complementavam os anteriores, fazendo com que os seguidores do twittershop conseguissem construir um raciocínio sobre inovação.

Outro fato importante observado por Larúbia foi a quantidade expressiva de retweets (frases replicadas). “Embora o número de mensagens enviadas pelos seguidores não tenha sido tão alto, tivemos dezenas de retweets em todas as mensagens e isso é o mais significativo para nós”, comenta. O twittershop contou com 400 participantes, número considerado satisfatório por Larúbia.


Sem aprofundar o conhecimento

Embora as redes sociais estejam sendo cada vez mais usadas para captação de negócios e para contatos e manutenção de relacionamento com clientes, o consultor Flavio Lettieri, diretor de Produtos da Somma Capacitação, aponta restrições ao uso do Twitter para aplicar treinamentos.

Para ele, o microblog é uma ótima ferramenta de troca de informações, mas não serve para aprofundar o conhecimento. Lettieri comenta que a iniciativa do Sebrae-SP foi válida, mas deveria vir acompanhada, por exemplo, de exercícios online para que o internauta possa demonstrar o que aprendeu. “Eu acredito no aprendizado pela experimentação e o Twitter não permite isso”, diz.

Por outro lado, um dos participantes do evento, o diretor do site Diário da Produção (www.twitter.com/diarioproducao), Rogério Rodrigues, destaca que as dicas para tornar as empresas mais competitivas foram as mais relevantes do twittershop e destaca: “Isso faz parte do nosso planejamento diário”.

A afinidade do Diário da Produção com o tweetershop foi tanta que a frase escolhida como símbolo do evento – “Pessoas no centro das boas práticas” -- foi enviada por Rodrigues e pretendia resumir o que ele entendia como inovação. “Essa frase reflete o que acreditamos como essência e o que praticamos na empresa”, afirma.

sábado, 30 de outubro de 2010

E-Training, ensino a distância aplicado ao treinamento


A evolução do E-Learning trouxe uma nova geração de ferramentas desenvolvidas especificamente para treinamentos corporativos, o E-Training, foco desta entrevista com Ricardo Franco


Por Toni Mello

A globalização, a necessidade de reduzir custos e a logística envolvida para reunir todos os funcionários num mesmo momento, são alguns dos fatores que ampliam o uso do Ensino a Distância (EaD ou E-Learning) por parte das empresas, que viram nessa ferramenta a oportunidade de oferecer treinamentos de forma mais rápida e barata. A adequação do E-Learning para treinamentos corporativos deu origem ao E-Training, assunto desta entrevista com Ricardo Franco, diretor de Relacionamento e TI da Take 5, empresa de comunicação corporativa.


Quais são as características que definem o E-Learning e o E-Training?
O ensino a distância vem sendo amplamente adotado por instituições acadêmicas e cobiçado por corporações que precisam treinar funcionários, força de vendas e representantes, de maneira unificada e vencendo barreiras territoriais. Acredito que os recursos utilizados no E-Learning não são adequados para treinamentos, nos quais, na maioria das vezes, o grande interessado no processo é a corporação e não o treinando. O E-Training é uma ferramenta interativa, com recursos de multimídia aplicados e que usa de inovações para tornar o treinamento mais agradável.

O E-Training pode ser usado para qualquer tipo de treinamento? Existem casos em que ele é mais ou menos recomendado? A cada dia enxergamos um novo tipo de treinamento para o E-Training, já que a ferramenta é maleável e pode ser customizada. Os casos mais frequentes são para lançamento de produto, técnicas de vendas, técnicas de atendimento, formação de instrutores e promotores, ações de incentivo de vendas e novidades corporativas em geral.

Como se constrói um E-Training eficiente? Quais os pontos básicos que devem ser levados em conta nesse processo? É preciso estar atento a mensagem e ao formato adequado ao público que será atingido, e também aos objetivos do treinamento. Outro ponto importante é a interatividade, com a criação de um canal de retorno do público treinado agregando feedback e informações do negócio relacionadas ao assunto do treinamento. A atualização do conteúdo também deve ser observada. Já com relação à prática, uma ação de incentivo interessante é o reconhecimento, por meio, por exemplo, de um ranking.

Quais os erros mais comuns que as empresas cometem ao adotarem esse método de treinamento? Quais os pontos que merecem mais atenção? O erro mais comum é com relação à linguagem e ao formato da mensagem. A empresa deve avaliar bem o seu público-alvo para saber a melhor maneira de conversar com ele. Muitas vezes, percebemos que uma linguagem mais coloquial funciona melhor que um discurso cheio de termos técnicos, pois a mensagem chega de forma mais objetiva ao receptor. Outro erro bastante comum é quando o treinamento é muito longo e se torna cansativo. A melhor alternativa é dividir em módulos, garantindo atenção e interesse.

Em sua opinião, quais as vantagens e desvantagens do E-Training em relação a treinamentos convencionais, como os presenciais? O que o E-Training pode trazer de diferente? O E-Training não substitui a rica experiência de um treinamento presencial, ele funciona como um complemento. Porém, o treinamento presencial requer tempo e dinheiro, além de exigir que ele seja programado com bastante antecedência para que todos possam comparecer. A solução E-Training é uma oportunidade para otimizar esses recursos e inovar a forma de comunicar. Por meio dessa ferramenta online é possível alcançar usuários de qualquer lugar, permitindo que eles escolham o momento mais apropriado. É também possível fazer o upload (transferência de dados) de um novo treinamento em minutos, o que possibilita a atualização rápida dos conteúdos sem perder o frescor da novidade. Outra vantagem é unificar a comunicação da empresa em todos os níveis, o que garante que as mensagens sejam entregues a um grupo de forma única. Por ser um canal de comunicação de "um para um", já que o treinando tem o seu login individual reconhecido e faz o treinamento sozinho, ele potencializa as oportunidades de comentários, trazendo para a empresa informações que raramente seriam obtidas em eventos presenciais que exigem a exposição.

Como o RH pode mensurar o resultado obtido por meio do E-Training?
Essa ferramenta disponibiliza um gerenciamento completo dos treinamentos, com estatísticas em tempo real de quem acessou, qual treinamento realizou, quanto do vídeo assistiu, se foi bem na prova, se emitiu o certificado e se teve dúvidas. Além disso, cria um canal de interatividade com quem fez o treinamento por meio da avaliação do conteúdo e de perguntas.

O país das doutoras!


esta está nop Blog do Ancelmo Goes...

Levantamento do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, do Ministério da Ciência e Tecnologia, mostra que as mulheres já superam os homens na obtenção de títulos de doutorado.
Dos doutores brasileiros, veja só, 51,5% são do sexo feminino.
E mais...
Segundo o mesmo estudo, o Brasil aparece em terceiro no ranking dos 20 países que mais titulam doutoras. Só perde para Portugal e Itália.
Em 2004, por exemplo, dos novos doutores portugueses, 54,7% eram mulheres. Na Itália, 50,9%. No Brasil, 50,6%.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O que acontece quando as pessoas não dizem o que pensam?


Joseph Grenny, especialista em conversas decisivas e autor de três livros que estiveram na lista dos mais vendidos do The New York Times, apresenta ferramentas para dialogar e negociar quando há muito em jogo.

Imagine que você é o gerente geral de um grande hotel. Uma cliente de longa data é uma negociadora dura, que exigiu diárias a preços muito reduzidos. Você concordou, desde que ela lhe passasse 100% do negócio dela e fizesse um número mínimo de reservas. Devido à retração da economia, a empresa dela não cumpriu a cota mínima de reservas nos últimos dois anos. Você manteve os preços mesmo assim. Mas agora você soube que no último ano eles realizaram duas conferências em outro hotel na cidade. Agora a cliente está ao telefone com você neste exato momento. Ela começa dizendo: “Estou por aqui com a má qualidade de seu serviço! Na semana passada, seu pessoal mandou embora dez participantes da minha conferência dizendo que vocês estavam lotados!” E agora, pergunta Joseph Grenny, como você responderia?

“Discussões de alto risco não vêm com avisos e lembretes. Na maioria das vezes, vêm como surpresas desagradáveis”, comenta Grenny. Para ele, as emoções também não ajudam muito, porque as conversas decisivas são definidas por suas características emocionais. “Nossa capacidade de sairmos do conteúdo de uma discussão e focarmos no processo é inversamente proporcional ao nível de nossas emoções”. Ele explica que quanto mais nos importamos com o que está acontecendo, menor é a probabilidade de pensarmos como estamos nos comportando.

Grenny destaca que para falar honestamente, sem ofender alguém, temos de encontrar uma forma de preservar a segurança. É mais ou menos como dizer a alguém para dar um soco no nariz do outro, sem machucá-lo. Como podemos falar o execrável e ainda preservar o respeito? O professor afirma que podemos fazê-lo, se soubermos como misturar cuidadosamente três ingredientes: confiança, humildade e aptidão.

Detectando conversas decisivas

Joseph Grenny ensina que primeiro é preciso permanecer alerta para o momento em que a conversa passa de uma discussão rotineira ou inofensiva para decisiva. Da mesma forma, ao prever sua participação em uma conversa complicada, preste atenção ao fato de estar entrando em uma zona de perigo. Caso contrário, você será facilmente sugado por jogos tolos antes que perceba o que aconteceu. E quanto mais se afastar do caminho, mais difícil será de retomá-lo.

“Para ajudar a detecção rápida de problemas, reprograme sua mente para prestar atenção aos sinais que sugerem a participação em uma conversa decisiva”. O professor explica que algumas pessoas notam primeiro os sinais físicos, como o frio no estômago. Outros, percebem as emoções antes dos sinais físicos. Notam que estão amedrontados, magoados ou irados e começam a reagir a esses sentimentos ou a reprimi-los. O primeiro sinal de alguns indivíduos não é físico ou emocional, mas comportamental. “É como uma experiência extracorpórea. Eles se vêem alteando a voz, apontando o dedo como se fosse uma arma carregada ou mantendo o silêncio. Só então percebem como estão se sentindo”, descreve.

“Portanto, tire um momento para pensar em suas conversas mais difíceis”,aconselha. Quais são os sinais que podemos usar para reconhecermos que nosso cérebro está começando a falhar e que corremos o risco de nos afastarmos do diálogo positivo? Seria a questão do hotel uma questão de conteúdo, padrão ou relacionamento? Grenny aposta que se emoções fortes o mantêm preso ao silêncio ou à agressividade você deve tentar refazer o seu caminho, com as seguintes ações:

Observe seu comportamento – se você perceber que está se afastando do diálogo, pergunte-se o que está, de fato, fazendo.

Entre em contato com os seus sentimentos – aprenda a identificar minuciosamente as emoções por trás de sua história.

Analise sua história – questione suas conclusões e procure outras explicações possíveis por trás de sua história.

Retorne aos fatos – abandone sua certeza absoluta por meio da distinção entre fatos concretos e história inventada.

Preste atenção às histórias elaboradas – histórias de vítima, vilão e inútil encabeçam a lista.

HSM Online
28/09/2010

Como evitar o estresse em dez passos


este veio do RH Central, por Fonte: Agência Bom Dia, Aline Mustafa e Bruna Quintanilha, 27/10/2010

Trânsito, fila de banco, barulho excessivo e sobrecarga de trabalho são alguns fatores presentes no dia a dia que podem causar estresse. Hoje em dia, principalmente nas grandes cidades, é difícil encontrar alguém que nunca passou por uma experiência assim. De acordo com o psicólogo e especialista em saúde mental Ralmer Rigoletto, há dois tipos de estresse: positivo e negativo. “O aspecto positivo nada mais é do que do que o estado natural de prontidão, a reação imediata diante de uma situação”, conta. Já o estado negativo é aquele caracterizado pela ansiedade, em que o indivíduo sofre por alguma coisa antes mesmo de acontecer. “As pessoas ficam tensas constantemente e com situações que sequer aconteceram. Esse tipo de estresse é o que tem se mostrado mais comum na vida moderna”. Esse estado permanente de atenção gera nas pessoas uma energia imensa, que acaba não sendo utilizada e se transforma em outros sintomas, como distúrbios, dor física e esgotamento mental. Porém, pequenas atitudes podem ajudar a acabar com o estresse, veja quais são:

1. Durma bem - Relaxar e esvaziar a mente na hora de dormir é essencial, pois dá mais energia para o dia seguinte. Procure dormir, no mínimo, seis horas por noite.

2. Comece o dia de bem com a vida - Levantar disposto a ter um dia calmo e agradável é o primeiro passo contra o estresse. Tente não se irritar com as pequenas coisas.

3. Tenha tempo para relaxar - Procure espaços de tempo na sua rotina apenas para relaxar. Nesse período, respire fundo e tente se desligar do mundo à sua volta.

4. Pratique atividades físicas - Exercitar-se faz bem à saúde do corpo e da mente. Mas, atenção: cuidado para não transformar o lazer em mais uma obrigação.

5. Respeite seus horários - Organizar seu dia a dia e ter horário certo para comer, dormir e se divertir evita surpresas, além de ser um hábito bastante saudável.

6. Namore bastante - Estar com as pessoas queridas ajuda a diminuir a tensão. Namorar faz bem à saúde. Mas não deixe o relacionamento virar mais um fator de estresse.

7. Planeje seus gastos - Uma das maiores causas de estresse são os gastos. Estar com as finanças comprometidas pode provocar situações constantes de estresse.

8. Tenha uma atividade de lazer - Vale qualquer coisa: ir ao teatro, cinema, ouvir música. Saia com os amigos e se desligue
das preocupações e dos problemas diários.

9. Viva em harmonia - Pode ser no ambiente de trabalho ou no familiar. Conviver em um lugar agradável ajuda a diminuir a tensão do dia a dia. Por isso, evite sempre os conflitos.

10. Em situações críticas, respire - Respire fundo durante uma crise de estresse. A atitude simples ajuda o corpo e a mente a relaxarem e a voltarem ao estágio normal.

Como estão sua "notas" em cada um destes quesitos? Compartilhe conosco, ok? Te aguardo.

domingo, 24 de outubro de 2010

Nova Geração (Geração Y)



Esta é uma graça de crônica, da Vejinha SP, desta semana, de autoria do Ivan Angelo. Qualquer semelhança com a realidade da seleção de estagiários e trainees, não é mera coincidência.

"O rapaz chegou para a entrevista. O executivo de vendas on-line da grande empresa levantou-se para apertar a sua mão, com aquela simpatia que os executivos de grandes companhias exibem quando querem transmitir acolhimento e calor humano. Aproveitou para dar uma geral no rapaz.
Arrumado, ma nada formal, de sapato novo, jeans, camisa de manga comprida enrolada até a metade do antebraço. O detalhe que o incomodou um pouco foi um brinquinho prateado de argola mínima na orelha esquerda. Nisso dá-se um jeito depois, se valer à pena, pensou o executivo.

Ele sabia que não estava fácil atrair novos talentos e reter os melhores. Empresas aparelhavam-se para o crescimento projetado do país, contratavam jovens promissores, mesmo os muito jovens, como era o caso do rapaz à sua frente, 21 anos. Elas precisavam estar preparadas para os próximos dez anos de concorrência.

Havia mais de duas horas que o rapaz estava em avaliação na empresa. Passara pela entrevista inicial com o chefe do setor, resolvera probleminhas técnicos de internet e programação visual que lhe apresentaram, com rapidez e certa superioridade irônica, lera os princípios, valores e perfil da empresa, apresentados numa pasta de folhas de papel-cuchê embutidas em plástico. Alguns itens, como "comprometimento", foram apresentados como pré-requisitos. Afinal o encaminharam para o diretor da área de e-commerce, vendas pela internet. O executivo tinha em mãos a avaliação do candidato: excelente.

Descreveu o trabalho de que a empresa necessitava: desenvolvimento de um site interativo no qual o cliente internauta pudesse fazer simulações de medidas, cores, ajustes, acessórios, preços, formas de pagamento e programação de entrega de cerca de 200 produtos. Durante sua fala, o rapaz mexeu as pernas, levantou o pé, depois o outro, incomodado. O executivo perguntou se ele se sentia apto.
- Dá para fazer- respondeu o rapaz, movendo a perna, como se buscasse alívio.
- Posso te ajudar em alguma coisa?
- Vou te falar a verdade. Eu comprei este sapato para vir aqui e ele está me apertando. Eu só uso tênis.
O executivo sorriu e pensou: "Esses meninos...".
- Quem falou para eu vir fazer esta entrevista, e vir de sapato, foi a minha namorada. Porque eu não vinha. Ela falou para eu comprar sapato, e o sapato está me apertando aqui, me atrapalhando.
Nos últimos anos, o executivo vinha percebendo que os desafios pessoais para a novíssima geração eram diferentes, e que havia limites para que o eles estavam dispostos a ceder antes de se comprometer com um trabalho formal.

- Não tem problema. Pode vir de tênis. O emprego é seu.
- Não, obrigado. Eu não quero emprego.

O executivo parou estupefato. O menino continuou:
- Todo mundo foi muito gantil, mas não vai dar. Esta camisa é do meu pai, eu tenho tatuagem, trabalho ouvindo música.
- Então por que se candidatou, se não queria trabalhar?
- Desculpe, eu não falei que não queria trabalhar.
Novo espanto do executivo. Sentia nas falas dele e do rapaz uma dissintonia curiosa. Como ficou calado, esperando, o rapaz prosseguiu:
- É muito arrumado aqui. E eu não quero ficar ouvindo falar de identidade corporativa, marco regulatório, desenvolvimento organizacional, demanda de mercado, sinergia, estratégia, parâmetros, metas, foco, valores... Desculpe, eu não sabia que era assim. Achava que era só fazer o trabalho direito e ver funcionar legal.

O executivo ficou olhando a figura, contando até dez, olhos fixados naquele brinco. O garoto queria ter a liberdade dele, a camiseta colorida dele, o tênis furado dele, ouvir a música dele nos fones de ouvido, talvez trabalhar na madrugada e dormir de manhã. Não queria aquele mundo em que ele mesmo estava metido havia vinte anos. Conferiu de novo as qualificações do rapaz, aquele "excelente". Ousou:
- Trabalhar em casa você aceita?
- Aceito.
Queria o trabalho, não o emprego. Acertaram os detalhes. Assim caminha a humanidade."

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Preservando talentos nas organizações


Este é também do administradores.com.br, por Maria Eugenia Gutierrez.

O talento humano é um dos mais valiosos recursos de uma organização, o qual temos que aprender a promover e manter. Consequentemente é importante que as empresas gerem políticas eficientes para preservar os melhores colaboradores, ou seja, as pessoas realmente capazes de contribuir para o desenvolvimento das organizações. Mas como, afinal, preservar estes talentos dentro das organizações?

Atualmente, é comum observar que muitas organizações estão preocupadas em adotar, quase que exclusivamente, programas de incentivos financeiros, baseados nas competências específicas de cada organização. Entretanto, este incentivo, aplicado isoladamente, muitas vezes torna-se apenas uma forma paliativa de se estimular a motivação e, que, mesmo que esta seja alcançada, seu efeito de duração será muito breve. Sendo assim, com o decorrer do tempo não será solucionado o problema da permanência dos talentos, nem haverá aumento do comprometimento das pessoas.

Uma solução que vem sendo utilizada por diversas empresas, entre elas organizações que são referências em suas áreas de atuação, como Google, Dell, Novartis, Toyota, entre outras, é a mudança de foco em relação aos processos de gestão e valorização profissional. Estimulando a atitude e a autonomia do colaborador o mesmo se sentirá útil e enxergará oportunidade de crescimento dentro das empresas. Isso, além de gerar comprometimento, irá fazer a pessoa admirar a gestão da empresa que trabalha.

Para que esses processos gerem os resultados necessários para a organização, as lideranças e os departamentos de recursos humanos precisam manter sua atenção constantemente voltada para algumas ações importantes, tais como:

* Apoiar os colaboradores, para que participem ativamente de diferentes decisões e ações da organização. Tendo voz ativa dentro da empresa e colaborando com decisões a serem tomadas, além de fazer o colaborador se sentir útil, ajudará a empresa a reduzir seus custos e formar grandes líderes e liderados;

* Sendo ouvidos durante a inicialização de algum determinado projeto, o colaborador mostrará sua verdadeira capacidade profissional e de inovação. Eventualmente, isto poderá ter um significado motivacional mais importante para o colaborador do que, em muitos casos, uma própria promoção;

*Conceber políticas de recursos humanos abrangentes, que proporcionem um clima organizacional satisfatório, uma comunicação interna adequada e eficiente que vise à solução de conflitos e que sirva de alicerce para o verdadeiro trabalho em equipe;

*Lembrar sempre que não há plano de desenvolvimento sem um entendimento prévio entre a organização e o individuo. Para que isto seja possível, é preciso realmente conhecer as necessidades dos colaboradores e fazer que os colaboradores sintam realmente as perspectivas da empresa;

*Reconhecer o trabalho realizado, a iniciativa individual e a disponibilidade do colaborador, também é fundamental para estimular a vontade de superação e de querer ser e fazer cada vez melhor do indivíduo.

Tornar esses passos realidade são um desafio, que não será vencido a menos que o líder realmente acredite no potencial e na capacidade de desenvolvimento de sua equipe. Além disso, é preciso crer na capacidade da organização de se repensar, entendendo que o seu colaborador entrega, agrega e soma à organização suas ideias, sua criatividade e todo seu potencial.

O sucesso vem do berço ?



Esta é do administradores.com.br,por Eduardo Ferraz


A infância é o momento mais importante da formação de nossas personalidades. É nela em que estabelecemos parte de nossos padrões de comportamento. Mas, será possível influenciar e moldar a personalidade das crianças colaborando com seus futuros pessoais e profissionais?
Até que ponto as experiências que temos nos primeiros anos de vida podem determinar nossos sucessos ou fracassos na vida profissional? É surpreendente, mas nossa infância é determinante naquilo em que nos tornamos quando adultos. Para entender melhor, é preciso relembrar alguns conceitos das aulas de Biologia.
Nascemos com cerca de 100 bilhões de células nervosas – os famosos neurônios – que, quando formam conexões entre si, realizam as chamadas sinapses. De zero aos três anos, estas conexões são construídas de forma muito acelerada. Aos três anos, uma criança já formou aproximadamente 1,5 quatrilhão de sinapses (quase três vezes mais do que um adulto possui).

A partir dos quatro anos, a tendência do cérebro é se especializar, deixando ainda mais fortes as sinapses estruturais, aquelas que darão sentido aos nossos padrões de pensamentos, comportamentos, valores e princípios. Ao final da adolescência, restam apenas cerca de 500 trilhões de conexões, e a maioria delas permanecerá pelo resto da vida. É por isso que os primeiros anos são tão importantes: é neles que formamos a base de nossa personalidade.

E afinal, o que isso tem a ver com sucesso profissional? James Heckman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia no ano 2000, afirma que há evidências científicas de que dois tipos de habilidade têm enorme influência sobre o sucesso na vida de uma pessoa: as capacidades cognitivas, relacionadas ao QI (Quociente de Inteligência), e as habilidades não cognitivas, ligadas ao QE (Inteligência Emocional).

Segundo Heckman, as crianças que não desenvolvem suas principais capacidades pessoais nos primeiros anos de vida terão muito mais dificuldade em assimilar tais habilidades e conhecimentos na vida adulta.

A personalidade é a resultante da interação da hereditariedade com o ambiente, ou, como disse o cientista Matt Ridley, "o gene carrega a arma, e o ambiente puxa o gatilho". Nascemos geneticamente cheios de tendências e aptidões, mas o meio no qual fomos criados e as experiências que vivenciamos é que definirão nossos pontos fortes e pontos fracos. Muitas dessas competências podem ser estimuladas desde a infância, por meio do estudo formal, do incentivo à leitura, aos jogos, e principalmente pela convivência com cuidadores.

Porém, isso não significa que devamos encher nossos filhos de atividades e estímulos, ultrapassando seus limites e capacidades. Analise um grupo de crianças a partir dos oito anos em sala de aula e você verá cada um desempenhando um papel consistentemente diferente: há a líder, a divertida, a criativa, a intelectual, a esportista, a meticulosa, a agressiva, a questionadora...

Entre os oito e dez anos a criança percebe em que atividades se destaca e em quais tem dificuldade ao se comparar com as outras. Assim, ela tende a se especializar onde funciona melhor. Devemos ficar atentos a essas tendências sem nos esquecer que não somos capazes de moldar a personalidade de nossos filhos. Estas aptidões poderão se transformar em talentos ou pontos fortes, e contribuirão de forma decisiva no sucesso profissional e emocional do futuro adulto.

Não há um manual de como formar filhos inteligentes e bem sucedidos, pois, as experiências vividas por eles são únicas. Porém, podemos ajudá-los a aperfeiçoar suas aptidões, auxiliá-los em suas decisões, e apoiá-los onde houver limitações. Mais do que estímulos, a formação de uma personalidade "saudável" se deve aos bons exemplos que damos, e em uma mistura equilibrada entre carinho e limites.

E você, o que acha?

Peça perdão, não permissão


Essa saiu ontem no Canal RH.

Peça perdão, não permissão”, aconselha especialista em criatividade para quem quer inovar

por Lucas Toyama
Um conselho que Paul Bennett, um dos maiores especialistas em inovação no mundo, dá para quem pretende inovar é: “Peça perdão, não permissão”. Ele logo ressalta que não defende a anarquia. “Mas é importante promover a cultura na qual as pessoas possam ser elas mesmas, ajam de forma autêntica e tragam suas ideias sem receio”. Bennet é diretor Criativo e um dos sócios executivos da consultoria de design e inovação IDEO, que, segundo a revista BusinessWeek, é uma das 25 empresas mais inovadoras do mundo. Todas as outras 24 a contratam como consultora de inovação.
Bennett também foi o responsável por levar a empresa para a China e por abrir o escritório de Nova York, e hoje comanda a sede de Londres. Ele será um dos palestrantes da TEDx Amazônia. O evento, que ocorre nos dias 6 e 7 de novembro, em um auditório flutuante no Rio Negro, é a segunda versão brasileira da TED, conferência que surgiu em 1984, e é hoje o maior evento sobre inovação do mundo.
Antes de chegar ao Brasil, Bennett, que respira inovação, conversou com o Canal Rh, quando analisou várias questões sobre empresas inovadoras e deu muitas dicas.

Canal Rh: Existe hoje algum exagero em torno do tema inovação?
Paul Bennett: A palavra inovação está se banalizando pela superexposição do tema. É por isso que não falo muito sobre isso, mas mostro exemplos de sucesso, de produtos que desenhamos e mudaram a vida de pessoas. Muita retórica e conversa são um problema, quando ficam apenas nisso.

Canal Rh: Temos um problema, então? As empresas estão, de fato, mais inovadoras na prática ou apenas na teoria?
Bennett: Não acredito que seja apenas no papel. Fico muito satisfeito de observar que inúmeras companhias globais estão usando a inovação como uma forma de crescer e de sustentar seus negócios.

Canal Rh: Quais as principais dificuldades enfrentadas pelas empresas em relação à inovação?
Bennett: Tenho duas teorias. Uma é sobre hierarquia. Inovação exige alinhamento e engajamento de todos os níveis da organização: o topo deve estar ativamente envolvido, assim como a parte do meio e a base da pirâmide. Se um profissional acha que será demitido por algum superior por ter tido uma ideia que não obteve o êxito esperado, então nada mais vai acontecer e o processo de inovação simplesmente desaparece da empresa. O peso da hierarquia deve ser diminuído, caso o objetivo da empresa seja permitir que a inovação floresça. Essa lógica resulta em meu segundo ponto: o de aprender com o fracasso. Isso deve fazer parte do processo e é parte importantíssima da inovação. Portanto, a organização deve criar um ambiente onde as pessoas se sintam confortáveis em ousar e sejam recompensadas por tentar.

Canal Rh: Como um companhia cria um ambiente inovador?
Bennett: Gosto de uma frase que uso muito: “Peça perdão, não permissão”. Claro que não estou defendendo a anarquia, mas é importante promover a cultura na qual as pessoas possam ser elas mesmas, ajam de forma autêntica e tragam suas ideias sem receio. Não estamos falando de ter grandes cadeiras e máquinas de café incríveis, mas de criar efetivamente uma cultura que deve preconizar a curiosidade e o otimismo.

Canal Rh: Os líderes devem ter algum tipo de treinamento especial para lidar com equipes criativas?
Bennett: A ideia de treinamento especial me aterroriza. Para ser direto, os líderes precisam ser parte da equipe criativa. Simples assim.

Canal Rh: A Economia Criativa é possível num país como o Brasil ,cuja economia é baseada principalmente em commodities?
Bennett: Minha experiência em Brasil é a de que existe, no País, engenhosidade e empreendedorismo - pilares da Economia Criativa. Aqui, todo mundo está fazendo alguma coisa, às vezes muitas coisas, tentando, experimentando, falhando, obtendo sucesso, aprendendo, se divertindo. Os brasileiros são naturalmente otimistas e criativos e esse é um começo e tanto.

Canal Rh: Qual a importância da inovação em tempos nos quais a informação se propaga rapidamente e, assim, copiar já não é uma tarefa tão difícil?
Bennett: Há dois pontos nessa questão. Um é sobre o conceito de transparência, algo realmente importante para as organizações que, hoje, não têm escolha: precisam praticá-la. Consumidores, agora, têm uma expectativa de que podem ver o que acontece dentro da companhia, entender suas intenções e contribuir, de alguma forma, para seu futuro. Isso se aplica a todos os níveis e a todos os setores, para empresas ou para países inteiros onde, aliás, a ideia de governança “atrás das portas fechadas” está completamente falida.

Canal Rh: E qual o segundo ponto, além da transparência?
Bennett: O segundo ponto é que há, de forma evidente, uma preocupação com essa questão da cópia, ou de vazamento de informações e, nesse sentido, as empresas se protegem contra isso. Mas, realmente, será que o fato de o novo iPhone 4 chegar às mãos das pessoas antes de ser efetivamente lançado prejudicou a Apple de forma significativa? Eu acho que não. Marca é ainda uma das ferramentas mais poderosas e não pode ser copiada verdadeiramente. Jamais.

Canal Rh: A criatividade pode ser adquirida, desenvolvida e aprimorada ou é algo com a qual se nasce e ponto?
Bennett: Criatividade está relacionada a dois pontos fundamentais: curiosidade e otimismo. As empresas precisam propiciar um ambiente que estimule. Assim, as metodologias devem ser formatadas para ajudar no processo de autoconhecimento e valorizá-lo. Precisamos gastar um bom tempo para conceder às pessoas a permissão para explorarem suas potencialidades, sem julgamento, e possibilitar que vejam o mundo com olhos de alguém curioso. É preciso incentivar que se quebrem paradigmas, perguntem e, acima de tudo, divirtam-se.

Canal Rh: Por que o senhor acredita que a IDEO está entre as companhias mais inovadoras do mundo?
Bennett: Nós somos muito dirigidos para sermos uma organização que trabalha com a ideia de criar impacto. Queremos que aquilo que criamos – sejam produtos, serviços, experiências ou sistemas – impacte efetivamente no mundo, nas pessoas, companhias, comunidades -- econômica, social e ambientalmente. Eu acredito que essa intenção coletiva atrai pessoas criativas e clientes a trabalharem com a gente. E é muito importante destacar, nesse sentido, que processos são replicáveis, mas crenças, não.