domingo, 5 de fevereiro de 2012

Consumo como ato de solidariedade

(...) Parecemos esquecer que, a cada segundo, vivemos um novo e único momento do universo, um momento que nunca antes existiu e que nunca existirá novamente. Parecemos esquecer que vivemos um milagre cotidiano. Tratamos o mundo como se fosse absolutamente evidente, sem mistério. Basta ver o que ensinamos nossos filhos nas escolas. Ensinamos que dois e dois são quatro e que a capital do Brasil é Brasília. Quando passaremos também a ensinar o que eles são? Deveríamos dizer a cada um deles: você sabe o que você é? E então contar: você é uma maravilha! Você é único! Em todo o mundo, não há nenhuma outra criança exatamente como você. Você é mesmo um milagre! Todos somos milagres. No entanto, crescemos esquecemos. Passamos a nos ver de forma deturpada. De um lado, nós nos vemos como pequenos átomos do universo, perdidos no infinito e sem condições de fazer qualquer diferença. Ou, então, nós nos imbuímos de enorme onipotência, como se nossa transformação em maravilha humana não fosse durar mais do que apenas um flash de tempo. E então nos machucamos e machucamos outros. Enfrentamos nossas carências e inseguranças buscando apenas a felicidade material, que é absolutamente fugaz e perecível, além do que, agora sabemos, insustentável. Esquecemos que todos os humanos foram produzidos por um milagre idêntico ao que nos produziu. E, por esquecer, construímos um mundo de enormes conflitos e de disputas desumanas. Precisamos nos convencer de que o mundo somos todos nós. E, se há sofrimento de muitos, esse sofrimento é também de cada um, pois todos dependemos de todos. Se a pobreza é muita, não há forma dessa pobreza não atingir mesmo os que não a vivenciam. se a vida no planeta vier a perecer, tragada pelo aquecimento global que já mostra suas garras ferozes, nenhum de nós terá nenhum privilégio na escolha divina ou terrena e pereceremos também. Por tudo isso, a cada dia, devemos fazer algo pelos outros, saindo do egoismo de cuidar apenas de nós mesmos. E temos todos, à nossa frente, um conjunto de ações que poderiam representar uma grande contribuição para mudar o mundo. Por incrível que pareça, ao consumir-comprar, usar ou descartar produtos ou serviços , podemos tentar impactar positivamente a sociedade e o planeta em um ato de voluntário e cotidiano ao alcance de qualquer um, quase sem esforço. Ao não desperdiçarmos recursos naturais; ao comprarmos produtos de empresas que investem em comunidades, funcionários, meio ambiente; ao preferirmos comprar de cooperativas de economia solidária; ao usarmos o que temos até que tenha esgotado a sua vida útil; ao nos perguntar, a cada compra, se realmente precisamos do que vamos comprar, ao usarmos o que compramos com profundo respeito pelo fato de o produto conter parte da natureza em suas matérias -primas, água e energia; ao descartarmos o que não serve mais para ser usado, buscando reciclar ao máximo tudo o que for reaproveitável; em cada um desses gestos, pequenos gestos, estaremos , voluntária e cotidianamente, fazendo algo pelos outros, e não apenas por nós mesmos. Ao consumirmos com consciência, buscando maximizar os impactos positivos de nossos atos de consumo, estaremos beneficiando a economia, a sociedade ou o meio ambiente e, portanto, fazendo um mundo melhor por meio de nossos atos de consumo. E assim, ao final de cada dia, quando cada um de nós se perguntar sobre o que fez hoje para melhorar a vida dos que sofrem, dos que estão impedidos de se realizarem minimamente como humanos, para melhorar as condições ambientais para a vida possa continuar em nosso planeta, teremos uma resposta. Teremos consumido com nossa consciencia voltada para os outros, e não somente para nós mesmos, tornando o consumo um ato de solidariedade. HELIO MATTAR, 60, doutor em Engenharia industrial pela Universidade Stanford (EUA), é diretor presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. Compartilhe conosco suas alternativas de consumo consciente. O que voc~e faz para ajudar o planeta a ser um lugar ainda melhor do que é hoje?

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Capacitação de Gestores de e-learning com Fernando Cardoso - Integração ...

Como reconhecer um funcionário com alto potencial

Este texto vem do livro "Dominando o Mentoring e o Coaching com Inteligência emocional", de Patrick E. Merlevede, ed. Qualitymark. O principal problema dos gerentes e dos executivos de RH de uma organização provavelmente tem a ver com a necessidade de preparar a próxima geração: quem vai surgir para liderar sua empresa nos próximos cinco a dez anos? Que você está fazendo a respeito agora para que os lideres em potencial estejam prontos quando chegar a hora? Para Jack Welch, CEO da General Eletric de 1981 a 2001, os que sobressaem são "pessoas cheias de entusiasmo, comprometidas a fazer com que as coisas aconteçam, receptivas a quaisquer ideias e abençoadas com um longo e promissor caminho à frente. Elas têm energia não apenas para si mesmas, mas para todos que entrem em contato com elas" (afirmação de Welch em 2001). Recomendamos que você prepare sua própria lista de verificações dos elementos que considere importantes. Para que comece a elaborar a sua lista, o exemplo seguinte inclui osa elementos da fórmula jobE do sucesso. RESULTADO = CULTURA X ATITUDES X APTIDÕES Demonstração de resultados. Temos provas objetivas de que essa pessoa tem desempenho de alto nível? Ela tem cumprido suas principais tarefas? Apoio da cultura da empresa.Essa pessoa consegue adaptar-se às diferenças culturais? Seu comportamento está de acordo com os valores da companhia? Seu comportamento demonstra integridade? De que maneiras ela já demonstrou lealdade à empresa? Ela se relaciona bem com a gerência e se identifica com os executivos? Atitudes. Essa pessoa tem as atitudes que se esperam de um líder? (Por exemplo, anseia por responsabilidades, procura e aceita feedback, tem ideias ponderadas, sede de conhecimentos, disposição para fazer a diferença e assumir riscos, cuidado com as consequencias, visão de longo prazo, opostamente à vontade de ganhar dinheiro fácil.) Aptidões. Essa pessoa tem habilidades interpessoais bem desenvolvidas? É capaz de mobilizar os outros? Ela tem uma percepção exata e vontade de aprender? Aprende com os erros? Administração de conhecimentos. Essa pessoa tem um conjunto de habilidades valioso para a empresa no futuro? Tem grande conhecimento comercial? Existe risco de que possa vir a deixar a companhia? É claro que, se todos estes elementos estivessem 100% presentes em uma pessoa, significaria que ela não precisaria de qualquer trabalho de desenvolvimento. Os "furos" de uma pessoa em relação ao quadro acima assinalam onde você tem de focalizar sua atenção quando estiver fazendo mentoring, por exemplo, ao dar tarefas à pessoa para desenvolver essas áreas no cargo. Em vista do potencial de um treinando (mentee), não acreditamos que ele vá passar a média habitual de mais ou menos três anos na próxima etapa de sua carreira. Na verdade, ele pode progredir para a próxima etapa profissional em menos de dois anos. Algumas tarefas realmente específicas podem levar apenas três meses! O objetivo de realizar uma dessas incumbências é dar ao mentee a oportunidade de demostrar que ele adquiriu um aprendizado essencial ou, nas palavras de um ex-comandante militar: "Mostrar sua coragem em meio ao fogo cruzado". Ou, como disse Pablo Picasso: "Estou sempre fazendo coisas que não sei fazer, para poder aprender como fazê-las" Os 4 "Es" da liderança da General Eletric (GE): Elevadíssimo nível de energia. Capacidade de entusiasmar outros em relação aos objetivos comuns. Edge de tomar decisões difíceis. Executar tarefas e cumprir promessas sistematicamente. A LDelaroli está pronta a a seu dispor para ajudar a mapear e identificar os potenciais de sua organização e de seus profissionais. E mais, ajudá-los em seu desenvolvimento e treinamentos em sua avaliação de desempenho e nos comitês de carreira e ainda, na mentoração e coaching de seus profissionais. Faça uma visita ao nosso site www.LDelaroli.com.br.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Fazendo do seu jeito

Ah , o Eugenio Mussak, sempre ele. Esse cara tem o dom de escrever as coisas que eu penso, só que ele sempre escreve primeiro... Sabe àquela música do Milton que diz "certas canções que ouço batem tão dentro de mim, que perguntar carece, como não fui eu que fiz?", pois é. Estava eu na minha primeira experiência no metrô da linha 4,amarela, de São Paulo, com minha revista Vida Simples, fresquinha, de fevereiro- que por sinal comprei pra ver o artigo da capa sobre o Amor, quando me deparo com esta pérola do Mussak, da qual transcrevo só um pequeno trecho para você. Lembre-se de me contar o que achou, combinado? Afinal nosso blog é pra compartilhar. "Autonomia e Significado - Pelo menos uma coisa eu sabia: eu queria conduzir minha vida com base em minhas verdades ( seja lá o que for uma verdade), e não baseado na dos outros, o que é uma empreitada e tanto. Nietzche costumava perguntar: "Você viveu sua vida? Ou foi vivido por ela? Escolheu-a, ou ela escolheu você? Amou-a ou lamentou-a?" E, quando lhe pediam conselhos, o alemão dizia: "Não posso lhe ensinar como viver de forma diferente, pois, se o fizesse, você continuaria vivendo o projeto de outrem, e não o seu próprio". Ter um projeto próprio é uma busca demasiadamente humana. Mas...como? A quantidade de influencias que recebemos ao longo de nossa vida, com pessoas procurando nos moldar e nos transformar em uma espécie de replicantes, é imensa. E não há erro aparente nisso, pois qual é o pai que não quer o bem para a vida de seu filho e, nessa busca, acaba influenciando suas escolhas e seus caminhos? Mas um pai não pode viver de novo a sua vida por meio de seu filho. Ele pode orientar, alertar, ensinar, mas não viver a vida do filho, ou pelo filho. Dar raízes e asas, esse é o grande desafio da paternidade. Mas não é fácil, eu sei. É difícil lembrar que cada um nasce para viver sua própria vida. E os professores? Qual professor que não cumpre sua missão de educar mostrando qual seria a boa trilha a seguir pela vida? Educar é influenciar, não tem jeito. Mas educar é, ou deveria ser, acima de tudo, ensinar a pensar, e o pensamento com qualidade conduz, ou deveria conduzir, a duas lições que são as mais belas que um jovem pode aprender: a autonomia e o significado. Ser autônomo significa fazer as suas próprias escolhas e assumir responsabilidades por elas. Não quer dizer, cuidado, que se possa fazer o que se quer, atender a seus desejos desconsiderando totalmente as expectativas dos outros, do mundo. Autonomia é razão lúcida, equilíbrio, e pressupõe responsabilidade, maturidade, disposição para assumir seu destino. A razão emancipada nega a tutelagem e a subordinação. A razão esclarecida é a razão absoluta da autodeterminação. E ter significado quer dizer estar conectado com uma atividade que faça sentido, que nos dê a certeza de que estamos no caminho certo, fazendo o que gostamos e que aquilo que fazemos torna o mundo melhor. Mesmo sem saber, à medida que amadurecemos, buscamos, às vezes desesperadamente, essas duas grandes conquistas: a autonomia e o significado. Autonomia para gerir sua própria vida e significado para sentir prazer em viver. Enquanto a autonomia garante minha liberdade de escolher, o significado me dá certeza de que estou vivendo a vida que eu quero viver. Do meu jeito".