quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Feedback via Twitter


Esta veio da Revista melhor Gestão de pessoas, edição especial do CONARH.

Aproveite as redes sociais para ajudar os jovens na carreira

Para as empresas que sentem uma espécie de insegurança em permitir o acesso, por parte de seus funcionários, às redes sociais, é sempre bom dar alguns conselhos. E lembrar alguns números: no país, 86% dos internautas acessam esses tipos de sites, sendo que cada brasileiro dedicou, em média, mais de cinco horas a eles. É o que aponta dados do mês de abril divulgados pela Nielsen, que apresenta um aumento de 24% nas visitas a essas redes durante o último ano. Andrea Huggard-Caine, consultora de RH e membro do comitê de criação do CONARH 2010,aponta que os empresários dão algumas explicações para essa proibição de acesso: a primeira é que sobrecarrega a banda; a segunda é que os funcionários perdem muito tempo nas redes sociais; e, por último, por se preocuparem com o vazamento de informações confidenciais. Mas há saídas para isso, garante ela. "É muito mais uma questão de educação, orientação e conscientização dos funcionários , estabelecendo uma cultura de uso e boas práticas", diz. Ela ressalta que é necessário explicar que o uso inadequado da internet sobrecarrega demais o sistema, devendo ser evitado o download e visualização de filmes- mesmo curtos- , uso de rádios ou manutenção de programas em aberto quando não estão em uso. "Além disso, é preciso orientar sobre a conduta certa na hora de dividir informações, o que pode ser compartilhado, os cuidados em respeitar direitos autorais e deixar claro quando falamos em nome da empresa e quando falamos como opinião própria. É preciso lembrar sempre que o que foi colocado é permanente e devemos pensar nas consequencias disso no futuro", aponta Andrea.
Sendo o objetivo da organização o alinhamento e engajamento dos funcionários, Andrea dá a dica de que a geração Y tem a necessidade de pertencer a vários grupos e compatilhar conhecimento. "Os jovens são individuais na coletividade e a empresa pode usar isso a seu favor, criando uma "tribo", na companhia. Algumas já conseguem fazer isso, criando fóruns de discussões abertos. Dessa forma, todos podem participar, interagir. As outras gerações poderiam, inclusive, ser vistas como fonte de conhecimento", explica a consultora, que lembra que esse será um dos temas do CONARH, Mídias Sociais - a revolução da comunicação nas organizações, com Ethevaldo Siqueira, âncora da CBN e Fábio Tadashi, da VIvo.
Se para as gerações anteriores os feedbacks eram dados em reuniões mensais, trimestrais ou anuais, a geração Y carece de feedbacks rápidos e essa agilidade pode ser encontrada numa mídia social. "Um dos fenômenos que rege a construção da geração Y são os games que dão feedback instantâneo. Você sabe quantas vidas tem, qual a relação com o outro jogador e os pontos que conquistou. Então, os jovens esperam ter "feedbacks twitter", que são curtos e instantâneos, mas dão a oportunidade de saber como está caminhando e o que precisa para evoluir para o próximo passo ou fase", exemplifica Andrea.

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Bem, é claro que os jovens da geração Y, assim como nós de todas as outras gerações queremos "feedback twitter": rápido, ágil, focado, para que possamos saber se estamos no caminho e na direção certa. Mas, a pergunta que não quer calar é: Será que nossos líderes estão preparados para dar este feedback? Será que sabem qual o caminho e a direção certa? Este é o grande X da questão! Esta geração, que chamo carinhosamente de "geração miojo" -rápido, prático, direto ao ponto.. precisa aprender a se auto dirigir. Descobrir seu próprio caminho. Questionar-se. Ao mesmo tempo que estão hiper conectados com o mundo carecem de conexão consigo mesmos. Não pensam mais profundamente, não refletem. Apenas reagem e seguem. Eles serão os responsáveis por definir ou mostrar os caminhos futuros aos seus filhos, aos seus liderados... se não aprenderem agora a conectar-se, questionar-se e encontrar seu sentido de vida, como amadurecerão?

Feedback Twitter me faz lembrar o filme Amor sem escala. Demissão via web. Deu certo? Dará certo? A tecnologia servirá como um meio ou se pretenda que substitua as relações humanas?

beijos

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