domingo, 1 de agosto de 2010

A Nova Geração de RH


Este é o título da matéria da Você RH Jul/Ago. Lá se vê o quanto a área de RH está pressionado entre fazer a diferença, gerir a mudança cultural, atrair e reter talentos, abarcar a diversidade, gerir o capital intelectual, melhorar processos e dar retorno sobre o investimento de um lado e o quanto está defasado em seus processos, com dificuldades de atrair os jovens Y, os profissionais mais bem preparados para o mundo da informação global, sem apoio da alta direção e com um enorme déficit na formação de seus profissionais de outro.

Não por acaso estava com 21 pessoas de diferentes empresas, formações, cidades e experiências no curso de formação de Analista de Recrutamento e Seleção da Integração Escola de Negócios, neste sábado debatendo este tema. O povo de Rh quer muito fazer a diferença. Eles chamam para si esta responsabilidade. Não é só neste curso, em todos os demais e nos de outras Instituições. Os cursos de RH estão fervilhando! As pessoas que chegam em RH, pela via que for, tem que, literalmente, correr atrás da sua formação. RH é o patinho feio das Universidades em termos de graduação. Psicologia não cuida dele, administração também não, onde então? Nos tecnólogos? Sim, mas são vistos pelo marcado com o nariz torcido. Aí, só resta fazer MBA e cursos complementares, como estes da Integração.

A matéria da revista Você RH fala de uma pesquisa da Cia de Talento, realizada em 2003, com 3000 universitários, onde apenas 9,5% desejavam atuar em RH. Refeita seis anos mais tarde, com todo o boom de RH, apenas 7% dos universitários da amostra disseram ter preferência por atuar em RH. Além disso, soma-se a enorme dificulde de se fazer carreira na área. Só com muita perseverança você conseguirá com uns 5 anos ser Sr, quiçá coordenador. Isso é impensável para os Y!
A matéria ainda fala que quase todos os profissionais de RH "caíram" na área meio por acaso (inclusive eu, há 20 anos atrás). Comenta também que o "comprometimento do alto escalão da empresa com a área também faz a diferença". TODOS, mas todos os treinandos de 100% dos cursos de RH que ministro para empresas - que pode ser uma pequena amostra, mas não deixa de ser significativo- reclamam da falta de apoio, alinhamento, coerência, investimento e interesse da alta direção. Ou, quando o tem do alto escalão, tem uma liderança média extremamente refratária que não reconhece, de modo algum, as questões da gestão de pessoas como sua responsabilidade. Dá dó! Os RH´s sofrem. É verdade, como já foi dito, que eles são, em geral, mal preparados. Mas, muitos bem preparados são muito sem apoio. Com equacionar a pressão por resultados operacionais(rodar folha, fazer pesquisa salarial, preencher vagas, ministrar treinamentos, etc) com a possibilidade de influenciar e estimular questões mais estratégicas? Muitas da empresas nem sequer tem uma Missão desenhada, nem um planejamento estratégico... para onde vão, de quem precisarão, que competências farão a diferença, quais as expectativas e anseios de seus trabalhadores?????
Um depoimento de uma aluna, a Laura, foi bem explicitante sobre a diferença de um engajamento da alta cúpula. Ela disse que a empresa dela resolveu implementar um programa de Trainee. O presidente convocou todos os diretores para uma reunião onde alinharam as expectativas, objetivos, quais áreas teriam os Trainees, quem seriam os tutores e quais os planos de trabalho e melhorias que seriam oferecidos aos mesmos. Daí, ao final ele disse, segundo ela: "Bem, todos vimos os enormes benefícios que este programa trará para nossa empresa; vimos também os enormes investimentos financeiros e de tempo e energia que ele nos requisitará; portanto, cada tutor aqui presente será diretamente responsabilizado por qualquer perda de um destes Trainees ao longo do projeto. Quero vocês cuidando de perto. Ao menor sinal de insatisfação, precisaremos agir e corrigir nossos rumos". Será que depois deste recado tão claro algum tutor ou gestor será negligente com o programa? Claro que não! Mas, o que ocorre com os outros programas de gestão de pessoas?
A reportagem termina assim: "Se o alto escalão der respaldo, se as universidades mudarem o discurso preconceituoso e, principalmente, se a área de RH mudar sua postura, sim, um novo futuro começa a ser desenhado".

Beijos e fui!

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