quinta-feira, 23 de junho de 2011

Brasileiras são mais empreendedoras, mas perdem participação em liderança


Fonte: canalRH.com.br, por Anderson Silva

Pesquisa do Grant Thornton International Business Report (IBR) revela que as mulheres brasileiras são as mais empreendedoras do mundo. No Brasil, o empreendedorismo entre as mulheres chega a 12% da população feminina economicamente ativa, três vezes a média mundial, que é de 4%. A mesma pesquisa, no entanto, mostra que a participação das mulheres em cargos de liderança no País caiu de 42% em 2007 para 24% em 2011. De acordo com o estudo, há quatro anos o Brasil ocupava o segundo lugar no ranking mundial em relação à proporção de executivas e hoje ocupa o 21º posto no ranking.

Para a sócia e diretora do International Business Center da Grant Thornton Brasil, Madeleine Blankenstein, um dos motivos para a menor representatividade das mulheres em cargos de liderança é a falta de benefícios para as mães que trabalham. Por esse mesmo motivo, cresce o número de mulheres empreendedoras. Ou seja, a mulher opta pelo negócio próprio na tentativa de conciliar o trabalho com a maternidade e os afazeres domésticos.

A consultora do Sebrae - SP, Sandra Fiorentini, destaca que a possibilidade de conciliar os diversos papéis sociais (mãe, esposa, profissional e dona de casa) é uma das razões que mais motivam as mulheres a abrirem seu próprio negócio, além da necessidade de complementar a renda familiar ou alcançar a independência financeira. Em resumo, as mulheres brasileiras se tornam empresárias por dois motivos: necessidade e oportunidade.

Vencendo o preconceito

Em relação à menor participação das brasileiras entre as lideranças corporativas, a consultora do Sebrae reconhece que o machismo ainda existe no mercado corporativo, mas vem sendo superado. “Ainda há alguma resistência por parte das corporações, mas isso vem mudando, pois as mulheres estão provando que são capazes”, diz Sandra, lembrando que, há dez anos, era bem menor a presença feminina em cargos decisórios.

É o caso de Aline Butinhão, gerente de marketing da empresa farmacêutica Torrent do Brasil. Aos 31 anos de idade e sete na empresa, Aline acaba de assumir um cargo gerencial depois de passar por outras áreas. Para ela, o empreendedorismo e a liderança são características típicas das mulheres. “O fato de conseguirmos o equilíbrio entre o racional e o emocional também é extremamente benéfico”, acredita.

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