sexta-feira, 14 de maio de 2010

A escalação do Dunga é como Processo Seletivo Interno


É minha gente, depois de muita especulação, saiu a tão esperada "Lista dos 23 Craques" que formarão a Seleção canarinho na Copa 2010, na África do Sul. Nada de Ganso, nada de Adriano, nem os Ronaldos... Antes que se estressem, quero declarar que não sou contra e nem a favor, muito pelo contrário, de nenhum dos nomes, já que entendo tanto de futebol quanto de física quântica (rsrsrs).

Mas, fico pensando o quanto essa comoção em torno da escalação é semelhante aos processos seletivos internos nas organizações:

* Nem todos os candidatos que são bons e possuem o perfil da vaga, são considerados ou observados pelos selecionadores; Alguns nem se inscrevem no processo por achar que é tudo "jogo de cartas marcadas";
* Muitos que estavam loucos para participar não tem perfil, não são elegíveis e ficam "barrados" logo nas prévias e, por vezes, passam a falam mal dos que foram escalados ou da equipe técnica ou mesmo do técnico(no caso, o Dunga);
* Muitos que são bons, querem ir e estavam sendo considerados, têm entraves no meio do caminho e acabam sendo "descartados" (No exemplo do futebol, Adriano e Pato e na vida corporativa: o chefe direto que não libera porque não tem sucessor ou o sujeito está à frente de um projeto estratégico...);
* Nem sempre ou quase nunca os critérios que as pessoas julgam que são os direcionadores do processo, são os realmente utilizados. Por exemplo, as pessoas pensam que o técnico usará unicamente ou mais fortemente o critério de "talento" (leia-se jogar muito)para escolher um jogador; mas critérios como preparo físico, comportamento, possibilidade de entrosamento com os pares da posição, equilíbrio entre a proporção dos jogadores e as posições táticas, entre outros, também pesam. Idem aos processo seletivo da empresa: tempo de casa, potencial, imagem e relacionamento do candidato dentro da empresa, capacidade de adaptação a outra equipe ou ao futuro chefe, são fatores chave e não apenas o "talento".
* Todos pensam que o técnico/ selecionador decide sozinho e que portanto, depende de ser "peixe" dele, quando na verdade há uma comissão multidisciplinar que analisa e discute diferentes pontos, sugerindo ou vetando. Claro que a palavra final - no caso da seleção na empresa é do cliente dono da vaga- na seleção de futebol, é do técnico; mas não é assim uma escolha da cabeça dele e pronto;
* Por fim, os que foram preteridos nem sempre têm um feedback verdadeiro ou detalhado do porque não foi escolhido ou quando o tem pode ser bem genérico ("Não era a sua hora", "você ainda não está pronto" ou "outras pessoas estavam mais preparadas que você"). Este ponto frustra a capacidade do sujeito de se autodesenvolver e ainda por cima, reforça a idéia de que o jogo era mesmo de "carta marcada".

Agora que a escolha está feita, só nos resta torcer para que seja uma bela campanha e que o hexa venha para nós (ou não).

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