sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Consultoria ter ou ser ?

Estava eu ontem, em Congonhas, por volta das 7:00 para embarcar para Goiânia. Uma palestra para um Encontro de Profissionais de RH de uma importante empresa pública,fomos falar sobre Consultoria Interna de RH. Eu ia para lá pensando em como a missão de RH é nobre e dura.Nobre por sua importância e relevância. Dura, pelos imensos desafios na vida real. Tive muito tempo para pensar, pois a véspera do feriado da Consciencia Negra, a TAM trocou seus sistemas e parou (ou quase) a operação em todo o Brasil . A fila era quilométrica e eu fique nela por cerca de 1h30min. Em pé, de salto alto (afê!).
Mas, voltando ao tema, Vejamos um pouco destes desafios:
1) Para que profissionais de RH possam atuar como consultores precisam ter tempo e apoio político. Sem sistemas integrados e processos automatizados, fica bem complicado. O mesmo vale para que processos , hoje sob comando de RH, possam passar para os gestores de linha.
Quanto ao apoio político: como um RH subordinado hierarquicamente a uma área de negócio terá a necessária isenção e autonomia para confrontar seu cliente? Se a área não tem "peso", como fazer a assessoria sem expor-se politicamente?
2) É preciso que haja uma carreira claramente desenhada para o CI, para que possa haver horizonte para os profissionais ainda pouco maduros tecnicamente.
3) Os gestores precisam ser preparados para atuar como líder de pessoas, enquanto forem apenas gestores,dificilmente assumirão seu papel na gestão de pessoas. Em organizações governamentais, some-se o fato de que, muitas vezes não há uma carreira gerencial. As pessoas "estão" líderes e não são líderes. Ou seja, os líderes são interinos.
4) Há ainda "n" outros fatores, mas para não nos estendermos, finalizarei com as competências inter e intrapessoais dos próprios profissionais de RH. Para ser consultor você precisa de ferramentas e treino, mas tal qual na liderança, há competências que estão no drive: assertividade, autoconfiança, estabelecer relações de confiança, entre outras. Todas podem ser aperfeiçoadas, claro. Mas, o insumo está no DNA. O principal, o quanto estes profissionais querem ser consultores. Querer já é mais da metade do caminho. O que você acha?

Um comentário:

  1. Esse seu artigo Lucimar é supreendente. Concordo quando você diz que para ser consultor têm que estar no DNA, e isso é uma verdade, pois tambem acho que assim temos a metade do caminho andado. Não basta só querer, é preciso querer e vivenciar isso dentro de si mesmo É um processo consciente e de consciência, se não afetuarmos as duas fases não pode ser considerada válida a vontade de ser consultor, e vale lembrar, que vontade é menos impulsionante que o desejo. Então mudamos da vontade para o desejo consciente de ser consultores e para conscência disso em nossa vida. Vivênciar é a palavra que defini isso.

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