sábado, 30 de outubro de 2010

E-Training, ensino a distância aplicado ao treinamento


A evolução do E-Learning trouxe uma nova geração de ferramentas desenvolvidas especificamente para treinamentos corporativos, o E-Training, foco desta entrevista com Ricardo Franco


Por Toni Mello

A globalização, a necessidade de reduzir custos e a logística envolvida para reunir todos os funcionários num mesmo momento, são alguns dos fatores que ampliam o uso do Ensino a Distância (EaD ou E-Learning) por parte das empresas, que viram nessa ferramenta a oportunidade de oferecer treinamentos de forma mais rápida e barata. A adequação do E-Learning para treinamentos corporativos deu origem ao E-Training, assunto desta entrevista com Ricardo Franco, diretor de Relacionamento e TI da Take 5, empresa de comunicação corporativa.


Quais são as características que definem o E-Learning e o E-Training?
O ensino a distância vem sendo amplamente adotado por instituições acadêmicas e cobiçado por corporações que precisam treinar funcionários, força de vendas e representantes, de maneira unificada e vencendo barreiras territoriais. Acredito que os recursos utilizados no E-Learning não são adequados para treinamentos, nos quais, na maioria das vezes, o grande interessado no processo é a corporação e não o treinando. O E-Training é uma ferramenta interativa, com recursos de multimídia aplicados e que usa de inovações para tornar o treinamento mais agradável.

O E-Training pode ser usado para qualquer tipo de treinamento? Existem casos em que ele é mais ou menos recomendado? A cada dia enxergamos um novo tipo de treinamento para o E-Training, já que a ferramenta é maleável e pode ser customizada. Os casos mais frequentes são para lançamento de produto, técnicas de vendas, técnicas de atendimento, formação de instrutores e promotores, ações de incentivo de vendas e novidades corporativas em geral.

Como se constrói um E-Training eficiente? Quais os pontos básicos que devem ser levados em conta nesse processo? É preciso estar atento a mensagem e ao formato adequado ao público que será atingido, e também aos objetivos do treinamento. Outro ponto importante é a interatividade, com a criação de um canal de retorno do público treinado agregando feedback e informações do negócio relacionadas ao assunto do treinamento. A atualização do conteúdo também deve ser observada. Já com relação à prática, uma ação de incentivo interessante é o reconhecimento, por meio, por exemplo, de um ranking.

Quais os erros mais comuns que as empresas cometem ao adotarem esse método de treinamento? Quais os pontos que merecem mais atenção? O erro mais comum é com relação à linguagem e ao formato da mensagem. A empresa deve avaliar bem o seu público-alvo para saber a melhor maneira de conversar com ele. Muitas vezes, percebemos que uma linguagem mais coloquial funciona melhor que um discurso cheio de termos técnicos, pois a mensagem chega de forma mais objetiva ao receptor. Outro erro bastante comum é quando o treinamento é muito longo e se torna cansativo. A melhor alternativa é dividir em módulos, garantindo atenção e interesse.

Em sua opinião, quais as vantagens e desvantagens do E-Training em relação a treinamentos convencionais, como os presenciais? O que o E-Training pode trazer de diferente? O E-Training não substitui a rica experiência de um treinamento presencial, ele funciona como um complemento. Porém, o treinamento presencial requer tempo e dinheiro, além de exigir que ele seja programado com bastante antecedência para que todos possam comparecer. A solução E-Training é uma oportunidade para otimizar esses recursos e inovar a forma de comunicar. Por meio dessa ferramenta online é possível alcançar usuários de qualquer lugar, permitindo que eles escolham o momento mais apropriado. É também possível fazer o upload (transferência de dados) de um novo treinamento em minutos, o que possibilita a atualização rápida dos conteúdos sem perder o frescor da novidade. Outra vantagem é unificar a comunicação da empresa em todos os níveis, o que garante que as mensagens sejam entregues a um grupo de forma única. Por ser um canal de comunicação de "um para um", já que o treinando tem o seu login individual reconhecido e faz o treinamento sozinho, ele potencializa as oportunidades de comentários, trazendo para a empresa informações que raramente seriam obtidas em eventos presenciais que exigem a exposição.

Como o RH pode mensurar o resultado obtido por meio do E-Training?
Essa ferramenta disponibiliza um gerenciamento completo dos treinamentos, com estatísticas em tempo real de quem acessou, qual treinamento realizou, quanto do vídeo assistiu, se foi bem na prova, se emitiu o certificado e se teve dúvidas. Além disso, cria um canal de interatividade com quem fez o treinamento por meio da avaliação do conteúdo e de perguntas.

O país das doutoras!


esta está nop Blog do Ancelmo Goes...

Levantamento do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, do Ministério da Ciência e Tecnologia, mostra que as mulheres já superam os homens na obtenção de títulos de doutorado.
Dos doutores brasileiros, veja só, 51,5% são do sexo feminino.
E mais...
Segundo o mesmo estudo, o Brasil aparece em terceiro no ranking dos 20 países que mais titulam doutoras. Só perde para Portugal e Itália.
Em 2004, por exemplo, dos novos doutores portugueses, 54,7% eram mulheres. Na Itália, 50,9%. No Brasil, 50,6%.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O que acontece quando as pessoas não dizem o que pensam?


Joseph Grenny, especialista em conversas decisivas e autor de três livros que estiveram na lista dos mais vendidos do The New York Times, apresenta ferramentas para dialogar e negociar quando há muito em jogo.

Imagine que você é o gerente geral de um grande hotel. Uma cliente de longa data é uma negociadora dura, que exigiu diárias a preços muito reduzidos. Você concordou, desde que ela lhe passasse 100% do negócio dela e fizesse um número mínimo de reservas. Devido à retração da economia, a empresa dela não cumpriu a cota mínima de reservas nos últimos dois anos. Você manteve os preços mesmo assim. Mas agora você soube que no último ano eles realizaram duas conferências em outro hotel na cidade. Agora a cliente está ao telefone com você neste exato momento. Ela começa dizendo: “Estou por aqui com a má qualidade de seu serviço! Na semana passada, seu pessoal mandou embora dez participantes da minha conferência dizendo que vocês estavam lotados!” E agora, pergunta Joseph Grenny, como você responderia?

“Discussões de alto risco não vêm com avisos e lembretes. Na maioria das vezes, vêm como surpresas desagradáveis”, comenta Grenny. Para ele, as emoções também não ajudam muito, porque as conversas decisivas são definidas por suas características emocionais. “Nossa capacidade de sairmos do conteúdo de uma discussão e focarmos no processo é inversamente proporcional ao nível de nossas emoções”. Ele explica que quanto mais nos importamos com o que está acontecendo, menor é a probabilidade de pensarmos como estamos nos comportando.

Grenny destaca que para falar honestamente, sem ofender alguém, temos de encontrar uma forma de preservar a segurança. É mais ou menos como dizer a alguém para dar um soco no nariz do outro, sem machucá-lo. Como podemos falar o execrável e ainda preservar o respeito? O professor afirma que podemos fazê-lo, se soubermos como misturar cuidadosamente três ingredientes: confiança, humildade e aptidão.

Detectando conversas decisivas

Joseph Grenny ensina que primeiro é preciso permanecer alerta para o momento em que a conversa passa de uma discussão rotineira ou inofensiva para decisiva. Da mesma forma, ao prever sua participação em uma conversa complicada, preste atenção ao fato de estar entrando em uma zona de perigo. Caso contrário, você será facilmente sugado por jogos tolos antes que perceba o que aconteceu. E quanto mais se afastar do caminho, mais difícil será de retomá-lo.

“Para ajudar a detecção rápida de problemas, reprograme sua mente para prestar atenção aos sinais que sugerem a participação em uma conversa decisiva”. O professor explica que algumas pessoas notam primeiro os sinais físicos, como o frio no estômago. Outros, percebem as emoções antes dos sinais físicos. Notam que estão amedrontados, magoados ou irados e começam a reagir a esses sentimentos ou a reprimi-los. O primeiro sinal de alguns indivíduos não é físico ou emocional, mas comportamental. “É como uma experiência extracorpórea. Eles se vêem alteando a voz, apontando o dedo como se fosse uma arma carregada ou mantendo o silêncio. Só então percebem como estão se sentindo”, descreve.

“Portanto, tire um momento para pensar em suas conversas mais difíceis”,aconselha. Quais são os sinais que podemos usar para reconhecermos que nosso cérebro está começando a falhar e que corremos o risco de nos afastarmos do diálogo positivo? Seria a questão do hotel uma questão de conteúdo, padrão ou relacionamento? Grenny aposta que se emoções fortes o mantêm preso ao silêncio ou à agressividade você deve tentar refazer o seu caminho, com as seguintes ações:

Observe seu comportamento – se você perceber que está se afastando do diálogo, pergunte-se o que está, de fato, fazendo.

Entre em contato com os seus sentimentos – aprenda a identificar minuciosamente as emoções por trás de sua história.

Analise sua história – questione suas conclusões e procure outras explicações possíveis por trás de sua história.

Retorne aos fatos – abandone sua certeza absoluta por meio da distinção entre fatos concretos e história inventada.

Preste atenção às histórias elaboradas – histórias de vítima, vilão e inútil encabeçam a lista.

HSM Online
28/09/2010

Como evitar o estresse em dez passos


este veio do RH Central, por Fonte: Agência Bom Dia, Aline Mustafa e Bruna Quintanilha, 27/10/2010

Trânsito, fila de banco, barulho excessivo e sobrecarga de trabalho são alguns fatores presentes no dia a dia que podem causar estresse. Hoje em dia, principalmente nas grandes cidades, é difícil encontrar alguém que nunca passou por uma experiência assim. De acordo com o psicólogo e especialista em saúde mental Ralmer Rigoletto, há dois tipos de estresse: positivo e negativo. “O aspecto positivo nada mais é do que do que o estado natural de prontidão, a reação imediata diante de uma situação”, conta. Já o estado negativo é aquele caracterizado pela ansiedade, em que o indivíduo sofre por alguma coisa antes mesmo de acontecer. “As pessoas ficam tensas constantemente e com situações que sequer aconteceram. Esse tipo de estresse é o que tem se mostrado mais comum na vida moderna”. Esse estado permanente de atenção gera nas pessoas uma energia imensa, que acaba não sendo utilizada e se transforma em outros sintomas, como distúrbios, dor física e esgotamento mental. Porém, pequenas atitudes podem ajudar a acabar com o estresse, veja quais são:

1. Durma bem - Relaxar e esvaziar a mente na hora de dormir é essencial, pois dá mais energia para o dia seguinte. Procure dormir, no mínimo, seis horas por noite.

2. Comece o dia de bem com a vida - Levantar disposto a ter um dia calmo e agradável é o primeiro passo contra o estresse. Tente não se irritar com as pequenas coisas.

3. Tenha tempo para relaxar - Procure espaços de tempo na sua rotina apenas para relaxar. Nesse período, respire fundo e tente se desligar do mundo à sua volta.

4. Pratique atividades físicas - Exercitar-se faz bem à saúde do corpo e da mente. Mas, atenção: cuidado para não transformar o lazer em mais uma obrigação.

5. Respeite seus horários - Organizar seu dia a dia e ter horário certo para comer, dormir e se divertir evita surpresas, além de ser um hábito bastante saudável.

6. Namore bastante - Estar com as pessoas queridas ajuda a diminuir a tensão. Namorar faz bem à saúde. Mas não deixe o relacionamento virar mais um fator de estresse.

7. Planeje seus gastos - Uma das maiores causas de estresse são os gastos. Estar com as finanças comprometidas pode provocar situações constantes de estresse.

8. Tenha uma atividade de lazer - Vale qualquer coisa: ir ao teatro, cinema, ouvir música. Saia com os amigos e se desligue
das preocupações e dos problemas diários.

9. Viva em harmonia - Pode ser no ambiente de trabalho ou no familiar. Conviver em um lugar agradável ajuda a diminuir a tensão do dia a dia. Por isso, evite sempre os conflitos.

10. Em situações críticas, respire - Respire fundo durante uma crise de estresse. A atitude simples ajuda o corpo e a mente a relaxarem e a voltarem ao estágio normal.

Como estão sua "notas" em cada um destes quesitos? Compartilhe conosco, ok? Te aguardo.

domingo, 24 de outubro de 2010

Nova Geração (Geração Y)



Esta é uma graça de crônica, da Vejinha SP, desta semana, de autoria do Ivan Angelo. Qualquer semelhança com a realidade da seleção de estagiários e trainees, não é mera coincidência.

"O rapaz chegou para a entrevista. O executivo de vendas on-line da grande empresa levantou-se para apertar a sua mão, com aquela simpatia que os executivos de grandes companhias exibem quando querem transmitir acolhimento e calor humano. Aproveitou para dar uma geral no rapaz.
Arrumado, ma nada formal, de sapato novo, jeans, camisa de manga comprida enrolada até a metade do antebraço. O detalhe que o incomodou um pouco foi um brinquinho prateado de argola mínima na orelha esquerda. Nisso dá-se um jeito depois, se valer à pena, pensou o executivo.

Ele sabia que não estava fácil atrair novos talentos e reter os melhores. Empresas aparelhavam-se para o crescimento projetado do país, contratavam jovens promissores, mesmo os muito jovens, como era o caso do rapaz à sua frente, 21 anos. Elas precisavam estar preparadas para os próximos dez anos de concorrência.

Havia mais de duas horas que o rapaz estava em avaliação na empresa. Passara pela entrevista inicial com o chefe do setor, resolvera probleminhas técnicos de internet e programação visual que lhe apresentaram, com rapidez e certa superioridade irônica, lera os princípios, valores e perfil da empresa, apresentados numa pasta de folhas de papel-cuchê embutidas em plástico. Alguns itens, como "comprometimento", foram apresentados como pré-requisitos. Afinal o encaminharam para o diretor da área de e-commerce, vendas pela internet. O executivo tinha em mãos a avaliação do candidato: excelente.

Descreveu o trabalho de que a empresa necessitava: desenvolvimento de um site interativo no qual o cliente internauta pudesse fazer simulações de medidas, cores, ajustes, acessórios, preços, formas de pagamento e programação de entrega de cerca de 200 produtos. Durante sua fala, o rapaz mexeu as pernas, levantou o pé, depois o outro, incomodado. O executivo perguntou se ele se sentia apto.
- Dá para fazer- respondeu o rapaz, movendo a perna, como se buscasse alívio.
- Posso te ajudar em alguma coisa?
- Vou te falar a verdade. Eu comprei este sapato para vir aqui e ele está me apertando. Eu só uso tênis.
O executivo sorriu e pensou: "Esses meninos...".
- Quem falou para eu vir fazer esta entrevista, e vir de sapato, foi a minha namorada. Porque eu não vinha. Ela falou para eu comprar sapato, e o sapato está me apertando aqui, me atrapalhando.
Nos últimos anos, o executivo vinha percebendo que os desafios pessoais para a novíssima geração eram diferentes, e que havia limites para que o eles estavam dispostos a ceder antes de se comprometer com um trabalho formal.

- Não tem problema. Pode vir de tênis. O emprego é seu.
- Não, obrigado. Eu não quero emprego.

O executivo parou estupefato. O menino continuou:
- Todo mundo foi muito gantil, mas não vai dar. Esta camisa é do meu pai, eu tenho tatuagem, trabalho ouvindo música.
- Então por que se candidatou, se não queria trabalhar?
- Desculpe, eu não falei que não queria trabalhar.
Novo espanto do executivo. Sentia nas falas dele e do rapaz uma dissintonia curiosa. Como ficou calado, esperando, o rapaz prosseguiu:
- É muito arrumado aqui. E eu não quero ficar ouvindo falar de identidade corporativa, marco regulatório, desenvolvimento organizacional, demanda de mercado, sinergia, estratégia, parâmetros, metas, foco, valores... Desculpe, eu não sabia que era assim. Achava que era só fazer o trabalho direito e ver funcionar legal.

O executivo ficou olhando a figura, contando até dez, olhos fixados naquele brinco. O garoto queria ter a liberdade dele, a camiseta colorida dele, o tênis furado dele, ouvir a música dele nos fones de ouvido, talvez trabalhar na madrugada e dormir de manhã. Não queria aquele mundo em que ele mesmo estava metido havia vinte anos. Conferiu de novo as qualificações do rapaz, aquele "excelente". Ousou:
- Trabalhar em casa você aceita?
- Aceito.
Queria o trabalho, não o emprego. Acertaram os detalhes. Assim caminha a humanidade."

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Preservando talentos nas organizações


Este é também do administradores.com.br, por Maria Eugenia Gutierrez.

O talento humano é um dos mais valiosos recursos de uma organização, o qual temos que aprender a promover e manter. Consequentemente é importante que as empresas gerem políticas eficientes para preservar os melhores colaboradores, ou seja, as pessoas realmente capazes de contribuir para o desenvolvimento das organizações. Mas como, afinal, preservar estes talentos dentro das organizações?

Atualmente, é comum observar que muitas organizações estão preocupadas em adotar, quase que exclusivamente, programas de incentivos financeiros, baseados nas competências específicas de cada organização. Entretanto, este incentivo, aplicado isoladamente, muitas vezes torna-se apenas uma forma paliativa de se estimular a motivação e, que, mesmo que esta seja alcançada, seu efeito de duração será muito breve. Sendo assim, com o decorrer do tempo não será solucionado o problema da permanência dos talentos, nem haverá aumento do comprometimento das pessoas.

Uma solução que vem sendo utilizada por diversas empresas, entre elas organizações que são referências em suas áreas de atuação, como Google, Dell, Novartis, Toyota, entre outras, é a mudança de foco em relação aos processos de gestão e valorização profissional. Estimulando a atitude e a autonomia do colaborador o mesmo se sentirá útil e enxergará oportunidade de crescimento dentro das empresas. Isso, além de gerar comprometimento, irá fazer a pessoa admirar a gestão da empresa que trabalha.

Para que esses processos gerem os resultados necessários para a organização, as lideranças e os departamentos de recursos humanos precisam manter sua atenção constantemente voltada para algumas ações importantes, tais como:

* Apoiar os colaboradores, para que participem ativamente de diferentes decisões e ações da organização. Tendo voz ativa dentro da empresa e colaborando com decisões a serem tomadas, além de fazer o colaborador se sentir útil, ajudará a empresa a reduzir seus custos e formar grandes líderes e liderados;

* Sendo ouvidos durante a inicialização de algum determinado projeto, o colaborador mostrará sua verdadeira capacidade profissional e de inovação. Eventualmente, isto poderá ter um significado motivacional mais importante para o colaborador do que, em muitos casos, uma própria promoção;

*Conceber políticas de recursos humanos abrangentes, que proporcionem um clima organizacional satisfatório, uma comunicação interna adequada e eficiente que vise à solução de conflitos e que sirva de alicerce para o verdadeiro trabalho em equipe;

*Lembrar sempre que não há plano de desenvolvimento sem um entendimento prévio entre a organização e o individuo. Para que isto seja possível, é preciso realmente conhecer as necessidades dos colaboradores e fazer que os colaboradores sintam realmente as perspectivas da empresa;

*Reconhecer o trabalho realizado, a iniciativa individual e a disponibilidade do colaborador, também é fundamental para estimular a vontade de superação e de querer ser e fazer cada vez melhor do indivíduo.

Tornar esses passos realidade são um desafio, que não será vencido a menos que o líder realmente acredite no potencial e na capacidade de desenvolvimento de sua equipe. Além disso, é preciso crer na capacidade da organização de se repensar, entendendo que o seu colaborador entrega, agrega e soma à organização suas ideias, sua criatividade e todo seu potencial.

O sucesso vem do berço ?



Esta é do administradores.com.br,por Eduardo Ferraz


A infância é o momento mais importante da formação de nossas personalidades. É nela em que estabelecemos parte de nossos padrões de comportamento. Mas, será possível influenciar e moldar a personalidade das crianças colaborando com seus futuros pessoais e profissionais?
Até que ponto as experiências que temos nos primeiros anos de vida podem determinar nossos sucessos ou fracassos na vida profissional? É surpreendente, mas nossa infância é determinante naquilo em que nos tornamos quando adultos. Para entender melhor, é preciso relembrar alguns conceitos das aulas de Biologia.
Nascemos com cerca de 100 bilhões de células nervosas – os famosos neurônios – que, quando formam conexões entre si, realizam as chamadas sinapses. De zero aos três anos, estas conexões são construídas de forma muito acelerada. Aos três anos, uma criança já formou aproximadamente 1,5 quatrilhão de sinapses (quase três vezes mais do que um adulto possui).

A partir dos quatro anos, a tendência do cérebro é se especializar, deixando ainda mais fortes as sinapses estruturais, aquelas que darão sentido aos nossos padrões de pensamentos, comportamentos, valores e princípios. Ao final da adolescência, restam apenas cerca de 500 trilhões de conexões, e a maioria delas permanecerá pelo resto da vida. É por isso que os primeiros anos são tão importantes: é neles que formamos a base de nossa personalidade.

E afinal, o que isso tem a ver com sucesso profissional? James Heckman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia no ano 2000, afirma que há evidências científicas de que dois tipos de habilidade têm enorme influência sobre o sucesso na vida de uma pessoa: as capacidades cognitivas, relacionadas ao QI (Quociente de Inteligência), e as habilidades não cognitivas, ligadas ao QE (Inteligência Emocional).

Segundo Heckman, as crianças que não desenvolvem suas principais capacidades pessoais nos primeiros anos de vida terão muito mais dificuldade em assimilar tais habilidades e conhecimentos na vida adulta.

A personalidade é a resultante da interação da hereditariedade com o ambiente, ou, como disse o cientista Matt Ridley, "o gene carrega a arma, e o ambiente puxa o gatilho". Nascemos geneticamente cheios de tendências e aptidões, mas o meio no qual fomos criados e as experiências que vivenciamos é que definirão nossos pontos fortes e pontos fracos. Muitas dessas competências podem ser estimuladas desde a infância, por meio do estudo formal, do incentivo à leitura, aos jogos, e principalmente pela convivência com cuidadores.

Porém, isso não significa que devamos encher nossos filhos de atividades e estímulos, ultrapassando seus limites e capacidades. Analise um grupo de crianças a partir dos oito anos em sala de aula e você verá cada um desempenhando um papel consistentemente diferente: há a líder, a divertida, a criativa, a intelectual, a esportista, a meticulosa, a agressiva, a questionadora...

Entre os oito e dez anos a criança percebe em que atividades se destaca e em quais tem dificuldade ao se comparar com as outras. Assim, ela tende a se especializar onde funciona melhor. Devemos ficar atentos a essas tendências sem nos esquecer que não somos capazes de moldar a personalidade de nossos filhos. Estas aptidões poderão se transformar em talentos ou pontos fortes, e contribuirão de forma decisiva no sucesso profissional e emocional do futuro adulto.

Não há um manual de como formar filhos inteligentes e bem sucedidos, pois, as experiências vividas por eles são únicas. Porém, podemos ajudá-los a aperfeiçoar suas aptidões, auxiliá-los em suas decisões, e apoiá-los onde houver limitações. Mais do que estímulos, a formação de uma personalidade "saudável" se deve aos bons exemplos que damos, e em uma mistura equilibrada entre carinho e limites.

E você, o que acha?

Peça perdão, não permissão


Essa saiu ontem no Canal RH.

Peça perdão, não permissão”, aconselha especialista em criatividade para quem quer inovar

por Lucas Toyama
Um conselho que Paul Bennett, um dos maiores especialistas em inovação no mundo, dá para quem pretende inovar é: “Peça perdão, não permissão”. Ele logo ressalta que não defende a anarquia. “Mas é importante promover a cultura na qual as pessoas possam ser elas mesmas, ajam de forma autêntica e tragam suas ideias sem receio”. Bennet é diretor Criativo e um dos sócios executivos da consultoria de design e inovação IDEO, que, segundo a revista BusinessWeek, é uma das 25 empresas mais inovadoras do mundo. Todas as outras 24 a contratam como consultora de inovação.
Bennett também foi o responsável por levar a empresa para a China e por abrir o escritório de Nova York, e hoje comanda a sede de Londres. Ele será um dos palestrantes da TEDx Amazônia. O evento, que ocorre nos dias 6 e 7 de novembro, em um auditório flutuante no Rio Negro, é a segunda versão brasileira da TED, conferência que surgiu em 1984, e é hoje o maior evento sobre inovação do mundo.
Antes de chegar ao Brasil, Bennett, que respira inovação, conversou com o Canal Rh, quando analisou várias questões sobre empresas inovadoras e deu muitas dicas.

Canal Rh: Existe hoje algum exagero em torno do tema inovação?
Paul Bennett: A palavra inovação está se banalizando pela superexposição do tema. É por isso que não falo muito sobre isso, mas mostro exemplos de sucesso, de produtos que desenhamos e mudaram a vida de pessoas. Muita retórica e conversa são um problema, quando ficam apenas nisso.

Canal Rh: Temos um problema, então? As empresas estão, de fato, mais inovadoras na prática ou apenas na teoria?
Bennett: Não acredito que seja apenas no papel. Fico muito satisfeito de observar que inúmeras companhias globais estão usando a inovação como uma forma de crescer e de sustentar seus negócios.

Canal Rh: Quais as principais dificuldades enfrentadas pelas empresas em relação à inovação?
Bennett: Tenho duas teorias. Uma é sobre hierarquia. Inovação exige alinhamento e engajamento de todos os níveis da organização: o topo deve estar ativamente envolvido, assim como a parte do meio e a base da pirâmide. Se um profissional acha que será demitido por algum superior por ter tido uma ideia que não obteve o êxito esperado, então nada mais vai acontecer e o processo de inovação simplesmente desaparece da empresa. O peso da hierarquia deve ser diminuído, caso o objetivo da empresa seja permitir que a inovação floresça. Essa lógica resulta em meu segundo ponto: o de aprender com o fracasso. Isso deve fazer parte do processo e é parte importantíssima da inovação. Portanto, a organização deve criar um ambiente onde as pessoas se sintam confortáveis em ousar e sejam recompensadas por tentar.

Canal Rh: Como um companhia cria um ambiente inovador?
Bennett: Gosto de uma frase que uso muito: “Peça perdão, não permissão”. Claro que não estou defendendo a anarquia, mas é importante promover a cultura na qual as pessoas possam ser elas mesmas, ajam de forma autêntica e tragam suas ideias sem receio. Não estamos falando de ter grandes cadeiras e máquinas de café incríveis, mas de criar efetivamente uma cultura que deve preconizar a curiosidade e o otimismo.

Canal Rh: Os líderes devem ter algum tipo de treinamento especial para lidar com equipes criativas?
Bennett: A ideia de treinamento especial me aterroriza. Para ser direto, os líderes precisam ser parte da equipe criativa. Simples assim.

Canal Rh: A Economia Criativa é possível num país como o Brasil ,cuja economia é baseada principalmente em commodities?
Bennett: Minha experiência em Brasil é a de que existe, no País, engenhosidade e empreendedorismo - pilares da Economia Criativa. Aqui, todo mundo está fazendo alguma coisa, às vezes muitas coisas, tentando, experimentando, falhando, obtendo sucesso, aprendendo, se divertindo. Os brasileiros são naturalmente otimistas e criativos e esse é um começo e tanto.

Canal Rh: Qual a importância da inovação em tempos nos quais a informação se propaga rapidamente e, assim, copiar já não é uma tarefa tão difícil?
Bennett: Há dois pontos nessa questão. Um é sobre o conceito de transparência, algo realmente importante para as organizações que, hoje, não têm escolha: precisam praticá-la. Consumidores, agora, têm uma expectativa de que podem ver o que acontece dentro da companhia, entender suas intenções e contribuir, de alguma forma, para seu futuro. Isso se aplica a todos os níveis e a todos os setores, para empresas ou para países inteiros onde, aliás, a ideia de governança “atrás das portas fechadas” está completamente falida.

Canal Rh: E qual o segundo ponto, além da transparência?
Bennett: O segundo ponto é que há, de forma evidente, uma preocupação com essa questão da cópia, ou de vazamento de informações e, nesse sentido, as empresas se protegem contra isso. Mas, realmente, será que o fato de o novo iPhone 4 chegar às mãos das pessoas antes de ser efetivamente lançado prejudicou a Apple de forma significativa? Eu acho que não. Marca é ainda uma das ferramentas mais poderosas e não pode ser copiada verdadeiramente. Jamais.

Canal Rh: A criatividade pode ser adquirida, desenvolvida e aprimorada ou é algo com a qual se nasce e ponto?
Bennett: Criatividade está relacionada a dois pontos fundamentais: curiosidade e otimismo. As empresas precisam propiciar um ambiente que estimule. Assim, as metodologias devem ser formatadas para ajudar no processo de autoconhecimento e valorizá-lo. Precisamos gastar um bom tempo para conceder às pessoas a permissão para explorarem suas potencialidades, sem julgamento, e possibilitar que vejam o mundo com olhos de alguém curioso. É preciso incentivar que se quebrem paradigmas, perguntem e, acima de tudo, divirtam-se.

Canal Rh: Por que o senhor acredita que a IDEO está entre as companhias mais inovadoras do mundo?
Bennett: Nós somos muito dirigidos para sermos uma organização que trabalha com a ideia de criar impacto. Queremos que aquilo que criamos – sejam produtos, serviços, experiências ou sistemas – impacte efetivamente no mundo, nas pessoas, companhias, comunidades -- econômica, social e ambientalmente. Eu acredito que essa intenção coletiva atrai pessoas criativas e clientes a trabalharem com a gente. E é muito importante destacar, nesse sentido, que processos são replicáveis, mas crenças, não.

A Lei de Murphy bateu na minha porta


Olá queridos! Há quanto tempo, não?
Pois é, depois de um período enorme longe de vocês, volto com muitas novidades. Sempre garimpando uma notícia aqui e outra ali para mantê-los informados e antenados com o que acontece por aí em termos de gestão de pessoas.
Este período de ausência aqui no blog, se deve a uma passeada pelo Brasil, levando nossas temáticas: Fui a Maceió, com 29ºC; desci até BH, com 11ºC, vim a SP, com 17ºC e depois, Curitiba, encarando 6ºC. Por tudo isso adquiri um super mega resfriado que virou uma sinusite. Nariz entupido, dor de cabeça, rouquidão e sala de aula! A todos os queridos treinandos que tiveram muito carinho e paciência comigo neste período, meus sinceros agradecimentos. Vocês é que tornam tudo isso possível. Em paralelo a isso, Murphy fez a tela de meu laptop ter um estouro de pixel e aí, só fiquei com 1/4 de tela. Para ver email, blogar e trabalhar, só usando o data show ou uma tela backup de algum PC. Que estresse!
Agora, tudo resolvido, estamos de volta.
Vamos as novidades!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Nicolelis e os Soberbos brasileiros

http://vimeo.com/5395309

Hoje ouvi na rádio CBN, na coluna Mais São Paulo, comandada pelo Gilberto Dimenstein, a seguinte notícia: Miguel Nicolelis, um renomado neurocientista brasileiro, palmeirense fanático, de 45 anos, foi agraciado com um dos mais importantes prêmios de medicina dos EUA, trata-se de 2,5 milhões de dólares do NIH (Institutos Nacionais de Saúde). Ao todo, Nicolelis já arrebatou perto de 14 milhões em prêmios por suas inovadoras e arrojadas pesquisas sobre a interface cérebro-máquina para portadores do mal de Parkinson.
Não bastasse essas maravilhas de resultados, que virão a possibilitar que pessoas sem movimentos físicos possam manipular máquinas por comandos cerebrais, Nicolelis, inaugurou em Serrinha, BA, no semi-árido, há 173 Km de Salvador, o Centro de Educação Científica, visando promover a inclusão social de jovens da rede se ensino público, nos mesmos moldes que já fez em Natal (RN).
Agora, em mais uma iniciativa pioneira, procurou os dirigentes do Palmeiras (time de seu coração, tudo bem, ninguém é perfeito), para propor a criação de uma Escola Modelo, com o que há de mais avançado em termos das descobertas da neurociência nos sistemas de aprendizagens, para ser ofertada aos alunos das escolas de base do clube, visando sua preparação. mas não só para os alunos do Palmeiras, mas para toda a comunidade.
Fico emocionada em ver pessoas de tal vulto ainda tendo tempo e se preocupando em levar seus frutos para os filhos de seu país. Pois certamente, as pesquisas que conduz e os resultados que colhem, fruto de seu empenho e talento, certamente não foram apoiados, patrocinados ou financiados pelo Brasil. Nicolelis é radicado nos Estados Unidos.
Em contra partida, vemos uma pequena elite brasileira, conforma já noticiado neste blog, a partir da pesquisa do Estudos da República, intitulada APRIMORAMENTO, por se encontrar em posição privilegiada em relação aos demais brasileiros, mostra um lado preconceituoso e soberbo, julgando-se melhor que os demais e sentindo-se muito além de tudo o mais de ruim que acontece no Brasil, numa síndrome de Noé (Noé comigo, Não me diz respeito)... até quando cruzaremos os braços diante das discrepâncias que ocorrem em todos os segmentos de nossa sociedade e que nos afeta diretamente? O que estamos fazendo? Qual a parte que nos cabe nisso tudo?
Vamos pensar e rezar para que Nicolelis tenha vida longa e próspera para continuar a contribuir como vem fazendo até então.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Reflexões sobre o nosso tempo




Esta eu compartilho de Você SA de Abril, trata-se de uma entrevista concedida à Revista, pelo Paulo Nassar, doutor em ciência da Comunicação pela EC-USP, sobre o lançamento de seu livro Comunicação Todo Dia (Lazuli/Cia Editora Nacional.

O senhor comenta que as pessoas são hoje consumidoras vorazes de informação. Por quê?
Vivemos em uma sociedade de excessos. Um deles é a informação, que nos chega de forma massiva, em tempo real, com dados, números, ordens e fatos. É a reprodução da linha de montagem da sociedade industrial, onde o trabalhador prendia sua atenção e seus movimentos somente naquilo que acontecia dentro do espaço e tempo do trabalho. Hoje, não existe tempo para pensar e selecionar, em meio à informação transformada em commodity, aquilo que nos é relevante.

O tema memória é uma preocupação sua. Quanto isso influencia a comunicação?
Há milhares de anos, o conhecimento tem sido transmitido por meios como religião, arte e cultura. A sociedade que abre mão da conversa, da convivência, da afetividade e da transmissão da memória empobrece as linguagens e a comunicação.

Qual é o papel da comunicação empresarial?
É de selecionar, interpretar e opinar sobre a informação que é relevante para pessoas, empresas e sociedade. É dar significado ao que nos é informado.