domingo, 5 de junho de 2011

Gênios Intratáveis - o mundo não tem pena nem sente falta dos grosseirões


Na coluna da consultora de etiqueta empresarial, Célia Leão, na Você SA de maio, o título acima trata sobre os executivos grosseirões de hoje.
A consultora traz o comentário ouvido, em um seminário para secretárias executivas, de uma participante "a grande maioria dos executivos de hoje tem comportamento bipolar. Ora são polidos, ora agem como loucos descontrolados. E, pior, eles não se dão conta do problema que têm".

Célia diz, "achei o comentário interessante e preocupante. O distúrbio bipolar é uma disfunção séria, que precisa ser tratada por um médico. Ele faz sofrer quem tem o distúrbio e igualmente quem tem de conviver com o doente.
Quando o problema é uma questão de saúde, o comportamento alterado, sem controle e pouco polido, pode ser medicado e tratado. Quando a questão é de comportamento
- eu, Lucimar, digo "arrogância"- o tratamento é mais complicado. Isso porque exige uma revisão de conduta. O profissional de comportamento bipolar se acha acima das regras, é capaz de atitudes grosseiras e descontroladas - e não aceita feedback, pois ele acha tudo isso normal. Conviver com alguém assim é muito irritante e cansativo."

Eu acrescento minhas reflexões. Como saber se seu chefe, ou a pessoa com quem você lida, é mesmo bipolar ou se faz de louco? Fácil! Se tratar-se de um portador de transtorno bipolar, certamente terá seus comportamentos independente de hierarquia ou status de seu interlocutor. Ou seja, ele é capaz de se destemperar com seu chefe, com um acionista ou mesmo com o CEO da empresa sua principal cliente. Mas, se os achaques da pessoa só são para àqueles que ele julga ter poder ou ser "melhor", aí, é nítido que se trata de um arrogante, mal educado.
Continuo minhas reflexões: por que alguém se julga no direito de ser "bipolar" e não aceita os feedbacks recebidos, não se desculpa e na verdade, nem se mostra interessado neste assunto? Por que grande parte das organizações continua premiando os líderes por seus resultados numéricos, suas façanhas quantitativas em detrimento de seu comportamento para com os colegas, subordinados e fornecedores. Fingem não ver a que custo esses chefes conseguem seus resultados. Desde que os resultados venham.
Quando as organizações prezam de fato, pelos valores que apregoam, chefes tiranos e grosseirões não se criam. Comportamentos desrespeitosos não são aceitáveis e se persistem, apesar dos feedbacks, estas pessoas são desligadas.

Então, para os profissionais que são expostos diariamente, a custo de sua saúde física, psicológica e espiritual, a estes "vampiros energéticos"; deixo aqui uma sugestão: analisem com calma se a organização em que estão não são "coniventes" com estes comportamentos das lideranças. Por que, se forem, você se livra de um e outro vem em seguida, por que você não está numa empresa que de fato zela pelo clima no trabalho. Mas, se tratar-se apenas de um caso isolado, busque maneiras de proteger-se ou denunciar, pois certamente, mais cedo ou mais tarde, a carreira deste tipo de pessoa não decolará. Enquanto isso, muita calma e resiliência por que já tive esta experiência e posso dizer com todas as letras que não é nem um pouco fácil.

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