sábado, 27 de agosto de 2011

A escrita revela sua personalidade


Recentemente foi noticiado que um estado dos EUA, a partir de 2012, não mais obrigará os alunos a aprenderem a escrever com letra cursiva, apenas as letras tipográficas, uma vez que entenderam que daqui pra frente, ninguém mais quase escreverá à mão, mas sim teclará.
Não emitirei nenhum juízo de valor acerca disso. Não tenho todos os elementos para julgar, mas quero deixar aqui um pouco da ciência da Grafologia, sua importância e aplicação.

Em 1998 fiz o curso básico de Grafologia, com o profº Paulo Sérgio de Camargo, autor do livro que dá título a este post, publicado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada (CEPA), do qual passo as informações a seguir.

"O ato de escrever é uma resposta inconsciente a impulsos cerebrais, portanto, pode-se afirmar com toda certeza que não existem duas escritas iguais.

A Grafologia pode ser definida como avaliação da personalidade e do caráter com base na escrita.

Como cada escrita é única, podemos através de métodos chegar a importantes dados a respeito da personalidade de quem escreveu determinado texto.

Dentre as inúmeras utilizações da grafologia podemos destacar:
1) Desenvolvimento Pessoal
2) Orientação Profissional e Educacional
3) Diagnósticos Médicos
4) Falsificações
5) Grafoterapia



A Grafologia não é uma ciência exata e visa a auxiliar o ser humano. É uma ciência nova, suas bases e princípios científicos foram estabelecidos no séc XX.

O primeiro livro sobre grafologia deveu-se ao médico italiano, professor da Universidade de Bolonha, CAMILLO BALDO (1555-1635), escrito em 1622.

Por volta de 1830, o abade Flandrin fundou a primeira escola de interpretação da escrita, a partir daí a grafologia não parou mais de evoluir.

Os primeiros passos da grafologia científica começaram com o abade francês JEAN-HIPPOLYTE MICHON (1806-18810), com seu livro "Les Mystères de l´écriture". A Sociedade Francesa de Grafologia, criada por ele, existe até os dias atuais, já comemorou seu centenário e foi considerada de"utilidade pública".

Porém foi com CRÉPIEUX-JAMIN (1858-1940) que a Grafologia ganha o rigor científico. Jamin criou um método confiável para se analisar uma escrita. A escola francesa é o primeiro grande passo para o reconhecimento da grafologia em todo mundo.

A Itália e a França são consideradas o berço da Grafologia.

Peierre Menard ( L´écriture el le subconscient, 1931) introduziu na grafologia os conceitos da psicanálise.

Estatisticamente os grafólogos levam quase total vantagem em qualquer tipo de estudo por amostragem (por exemplo: MMPI, Wartegg, HTP, Zulliger, Rorschac, etc).

Ania Teillard, discípula de Jung, cria um sistema de grafologia junguiana, na qual libido, intro-extroversão, pensamento, sentimento, intuição, sensação, complexos, histeria, anima-animus, passam a ter sua expressão gráfica analisada.



Raymond Trillat, criou um método bastante eficiente de grafologia (analisa quatro elementos, a letra, a palavra, a linha e a página).

O terceiro grande nome da grafologia até a metade do séc XX é o psicólogo MAX PULVER (1890-1953), considerado um dos maiores gênios da grafologia moderna.

A grafologia iniciou-se no Brasil em 1900, com o livro "A grafologia em medicina legal", do Dr. A.Costa Pinto.

Convém lembrar, que a despeito deste "robusto" histórico, a grafologia não é reconhecida como profissão em nosso país, apesar de ser matéria complementar na cadeira de psicologia na Alemanha e de fazer parte do currículo de diversas universidades européias e americanas.

Matando um pouco de sua curiosidade, os principais termos técnicos são:

CAMPO GRÁFICO - o espaço que se utiliza para escrever, por onde se move o grafismo.
TRAÇOS - é o caminho percorrido pelo lápis ou caneta em um único impulso.
ZONA INICIAL - é o ponto onde se inicia a letra
ZONA FINAL- é o ponto onde termina a letra
entre outros: Ovais, Perfil, Hastes, Laçadas...

O impulso gráfico sob o ponto de vista fisiológico pode seguir quatro direções principais:
MOVIMENTOS DESCENDENTE, ASCENDENTE, DA ESQUERDA PARA A DIREITA, DA DIREITA PARA A ESQUERDA.
Podem ser: retos, curvos, angulosos...

Por fim, para se realizar uma análise grafológica, são observados os principais aspectos gráficos da escrita:
ORDEM, disciplina social
DIMENSÃO, afirmação do indivíduo no ambiente em que vive
PRESSÃO, necessidade de mostrar energia
FORMA, determina a consciência reflexiva
VELOCIDADE, ligada a atividade e ritmo
INCLINAÇÃO,contato com o mundo
DIREÇÃO, vontade em ação

CONTINUIDADE, exprime a condução dos atos, sentimentos e ideias.


3 comentários:

  1. Lucimar, o seu artigo é interessante, mas eu vou cometer a indelicadeza de discordar, porque...

    Confundir a grafologia com neurologia, exames grafotécnicos e psicanálise é como confundir astronomia com astrologia.

    Por exemplo, um médico examinar a sua mãe para verificar se ela tem manchas brancas e vermelhas não significa que ele está praticando quiromancia. Assim como ele examinar para ver se você tem dificuldades com curvas e traços alternados, com escrever "br", não significa que ele está praticando a grafologia. O mesmo se refere ao perito que verifica a autenticidade de uma assinatura, examinando pontos de pressão no papel com microscópio, ou seja, nada relacionado com a grafologia.

    Pode ser que exista verdade na grafologia, mas é preciso separar um exame grafotécnico de grafologia.

    Talvez fosse possível chamar de "grafonomia" os estudos científicos e grafologia os estudos intuitivos e sobrenaturais.

    E o fato de ter uma cadeira em universidades não significa ter sido comprovado. Também há a teologia e pode ser criada uma cadeira num departamento como física, ou astrofísica, ou de astronomia, para estudar o multiverso. Ou seja, significa que é objeto de estudo.

    Abraço, Fernando

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  2. Olá Fernando!
    Obrigada por compartilhar eu ponto de vista. A vida só se amplia quando pontos diferentes de uma mesma situação são examinados, então, obrigada por discordar rsrsrs.
    Só quero te esclarecer que não sou autora destes textos, eles são transcritos dos autores reconhecidos no tema e 2º eu não entendi em que a gente discorda rsrsrs.
    Forte abraço!

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  3. Como eu, um bosta, posso disfarçar minha caligrafia para parecer um psicopata? As pessoas vao olhar pra mim com mais interesse!

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