quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Como se livrar do workaholismo



O workaholismo é uma realidade em nossas empresas. A sua prática é tão perversa quanto o alcoolismo ou qualquer outra forma de dependência ou vício alimentado social ou profissionalmente. Ele coloca em risco a saúde dos indivíduos, destrói casamento, desestabiliza o ambiente familiar, afeta e compromete a educação de filhos, provoca desconforto generalizado em organizações e, na maioria das vezes, não produz nenhuma satisfação. São homens que correm, com medo de si próprios e de seus problemas, quase sempre em nome de eficácia, da urgência das coisas, do poder e do sucesso. O preço que pagam é altíssimo. Siga as dicas e liberte-se desse vício:



1. Liberte-se de seu trabalho. O colaborador indispensável numa organização é aquele que tem consciência de que a empresa precisa dele, mas ele não depende dela.



2. Priorize suas atividades. Muitas das coisas que fazemos em nossa carreira não têm importância alguma. Elas são atos repetitivos e que não exigem nenhuma reflexão mais profunda ou elaborada. Agimos por impulsos e hábitos. Em outras palavras, passamos o dia matando baratas.



3. Não seja escravo do relógio. O tempo, apesar de sua importância, jamais deveria nos escravizar. Perseguimos as horas porque não sabemos usá-las bem. Quando o homem administra competentemente o seu tempo, ele sempre encontra espaço para executar outras coisas tão importantes quanto o trabalho. Como escreveu o estadista, inventor e empresário norte-americano bem-sucedido, Benjamin Franklin (1706-1790) ninguém deveria perder uma fração de segundo sequer, pois é do tempo que a vida é feita.



4. Aprenda a dizer não. Quando um profissional coloca em suas mãos mais do que elas são capazes de suportar, o caos se instala. Ninguém é capaz de viver por muito tempo sem um momento para renovação física, intelectual, social e espiritual. Aqui vale lembrar as sábias palavras de André Comte-Sponville, filósofo materialista, racionalista e humanista: “Desconfio dessa ideologia na moda, que só quer consenso e acordo em toda parte. No mais das vezes, isso não passa tapa-sexo para um poder que não ousa se mostrar ou assumir.”



5. Busque a espiritualidade, na forma pela qual consegue entendê-la. O homem que não cultiva a força do espírito é geralmente um indivíduo de caráter frágil, de sensibilidade duvidosa, de raízes sem profundidade e também sujeito as crises constantes de identidade. É alguém que vive mais para o mundo exterior e suas aparências do que para satisfazer a si próprio. É, em geral, um profissional com fachada de catedral e interior de choupana.



6. Procure ajuda externa. O workaholic é um homem doente, apesar de não o admitir. Sabe-se que o melhor caminho para a cura provém do cuidado de si mesmo; nenhum remédio pode substituir a decisão pessoal de pedir e aceitar ajuda. No início, especialmente, a direção e o aconselhamento de um profissional neutro e que inspire confiança têm importância decisiva.



Fonte: Artigo “Trabalhar faz bem, mas o excesso vicia e não é bom”. Autor: Gutemberg de Macêdo

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