sábado, 30 de julho de 2011

complicado é complicar


Fonte: Autimio Antunes

..."Como é bom quando conhecemos pessoas simples! Aquelas que logo que conhecemos se abrem com tamanha naturalidade e simplicidade que nos atraem de imediato. Sentimo-nos tão à vontade, que temos a impressão de que já nos conhecíamos há muito tempo.
Este tipo de comportamentos define o verdadeiro sentido da simplicidade. As maneiras habituais de falar, de vestir e de agir estão sempre de acordo com as intenções íntimas das pessoas... A ponto de os demais poderem conhecê-la claramente, tal como e. No fundo, a simplicidade é uma manifestação autêntica de uma pessoa.
Pode parecer redundante, mas é muito mais simples ser simples! Manifestar algo que não somos, ou fingir pensar o que não pensamos, é complicado demais. Mas em alguns momentos, surge a dúvida: devemos sempre ser autênticos e revelarmos exatamente o que pensamos e sentimos? A resposta sempre será afirmativa, pois a pessoa que cai na dicotomia do pensar e no agir se torna uma pessoa incompleta. Frusta-se por não conseguir ser ela mesma, em todos os tipos de relacionamento (profissional, de amizade, no casamento, com a família).
Mas como revelar a minha verdadeira intimidade para pessoas que não conheço o suficiente? Aí entra um complemento da simplicidade muito importante: a simplicidade não deve ser uma atitude de transparência irrestrita, caindo, desta forma, na ingenuidade. Devemos aprender a ser autênticos também nos momentos em que achamos conveniente não dizer algo, ou não agir de determinada maneira, mesmo que façam parte das nossas boas intenções íntimas, pois a prudência indica que será melhor para determinado relacionamento profissional, por exemplo.
A simplicidade supõe que a pessoa já tenha refletido sobre o que quer manifestar.
Mas isso não quer dizer que podemos cair na ironia ou até mesmo na hipocrisia de fazermos coisas que sejam contrárias às nossas verdadeiras intenções. Seria preferível o reconhecimento de nossas fraquezas, limitações e inquietações a ter de mascarar, ocultar o que realmente somos, com formas de falar, de vestir e de agir.
Talvez por isso, para uma pessoa com más intenções é mais difícil de ser autêntica. Terá vergonha, medo, de manifestar sua intimidade (pensamentos, desejos, atitudes...). Para sermos homens de uma única peça, precisamos ser simples e para sermos simples precisamos ser "bons".
(...)
Muitas vezes, sem percebermos, podemos viver situações em que nos tornamos pessoas "duplas". Se isso é muito frequente, temos que, aos poucos, retornar ao caminho da simplicidade.
Num relacionamento pode-se optar entre dois caminhos: cair na superficialidade de simular interesses e preocupações ou deixar-se conhecer prudentemente pelo interesse mútuo, atingindo um nível mais profundo.



Compartilhe suas impressões e opiniões. Escreva-nos e vamos trocar ideias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por compartilhar conosco sua opinião!